Uma edição especial para mostrar que na vida é preciso ter esperança, fazer sacrifícios e ter muita força de vontade. A Federação Portuguesa de Ciclismo admite que esta Volta a Portugal em bicicleta é a “volta da esperança e da resiliência “e nós concordamos. É a Volta possível no contexto em que vivemos, mas é a Volta necessária para continuarmos a ter ciclismo de elite no nosso país. As equipas portuguesas precisam da Volta a Portugal mais do que nunca. Num ano em que pouco ou nada competiram, os nove dias de competição entre 27 de setembro e 5 de outubro podem ser a tábua de salvação para algumas das formações nacionais.
Inicialmente
prevista para 29 julho a 9 de agosto, mas face às exigências impostas pelas
autoridades nacionais relacionadas com a pandemia Covid 19, a Podium Events garante
que não tinha capacidade para organizar a competição e “honrar os compromissos
com os patrocinadores “e como tal abandona a edição 2020.
A
Federação Portuguesa de Ciclismo avança para uma edição especial, obtém o apoio
da Presidência da República, do Governo de Portugal, consegue novos patrocinadores
e em tempo recorde organiza um dos maiores eventos anuais realizados em
Portugal. Notável o esforço da Federação Portuguesa de Ciclismo.
A Volta a Portugal é a melhor e praticamente a única altura da temporada em que as equipas portuguesas tem exposição mediática. Quando o patrocinador tem retorno financeiro ou minimiza as suas perdas. E do ponto de vista desportivo é também a competição mais importante para as formações nacionais. Se não se realizasse a Volta a Portugal e no atual panorama do ciclismo mundial, seria muito provavelmente uma machada final no ciclismo lusitano. É que na Volta a Portugal as equipas portuguesas são as principais protagonistas. Elas precisam dos 9 dias da Volta a Portugal como “pão para a boca “!
É
a Volta a Portugal que nós gostávamos? Não! Alteração de data, menos dias de competição,
menos ciclistas e menos público. Mas é a Volta a Portugal possível de realizar
e isso neste momento é o mais importante.
De
27 setembro em Fafe até 5 de Outubro em Lisboa, serão 9 dias de competição. No
total teremos 1 167,9 km. Um prólogo de 8km e a fechar um contrarrelógio
de 18km.E duas chegadas em alto: Senhora
da Graça e Torre. Estes serão os pontos decisivos de uma edição especial onde o
pelotão tentará bater os crónicos vencedores da W52-FC Porto. Sim, porque para
nós esta edição é a continuação da 81ª Volta a Portugal em Bicicleta.
Vem
aí a “Grandíssima” e que tudo corra bem!
O Percurso:
27 de setembro:
Prólogo» Fafe – Fafe, 7 km (CRI)
28 de setembro: 1.ª
Etapa» Montalegre – Santa Luzia (Viana do Castelo), 180 km
29 de setembro: 2.ª
Etapa» Paredes – Senhora da Graça (Mondim de Basto), 167 km
30 de setembro: 3.ª
Etapa» Felgueiras – Viseu, 171,9 km
1 de outubro: 4.ª
Etapa» Guarda – Torre (Covilhã), 148 km
2 de outubro: 5.ª
Etapa» Oliveira do Hospital – Águeda, 176,3 km
3 de outubro: 6.ª
Etapa» Caldas da Rainha – Torres Vedras, 155 km
4 de outubro: 7.ª
Etapa» Loures – Setúbal, 161 km
5 de outubro: 8.ª
Etapa» Lisboa – Lisboa, 17,7 km (CRI)
27 de setembro: Prólogo»
Fafe – Fafe, 7 km (CRI)
A Volta a Portugal 2020 –
Edição Especial começa com um prólogo na cidade minhota de Fafe que é um
“habitué” da prova rainha portuguesa. Em 2018 aqui venceu o espanhol Vicente
Garcia de Mateos num contrarrelógio de 17,3km. Mas desta vez o percurso é mais
curto, serão apenas 7km para definir o primeiro camisola amarela da competição.
Um percurso maioritariamente plano, com uma pequena dificuldade na fase final (Avenida
da Granja – 700m a 10,7%) que terminará no centro de Fafe na Praça 25 de Abril.
28 de setembro: 1.ª Etapa»
Montalegre – Santa Luzia (Viana do Castelo), 180 km
Ao segundo dia de competição a etapa 1 da Volta a Portugal é a que tem uma extensão maior. Serão 180km do interior transmontano de Montalegre até à costa em Viana do Castelo. A vila do Alto Tâmega viu nascer um dos principais nomes do ciclismo português. Falamos de Acácio do Silva, único ciclista luso a vestir de amarelo no Tour de France. Nos últimos anos é uma presença assídua na “Grandíssima” quase sempre como lugar de partida. Entre Montalegre e o Santuário de Santa Luzia em Viana do Castelo o percurso é deslumbrante. Passagem pelo Gerês na barragem da Caniçada e subida de 3ª cat a Covide (a aldeia, não a doença 😊) com 8,7km a 4,8%. Segue-se Terras de Bouro, Vila Verde e Barroselas, ambas as localidades com Meta Volante e finalmente a subida ao Santuário de Santa Luzia em Viana do Castelo (4,6km a 4,3%). Um final exigente onde os punchers do pelotão serão os principais candidatos a vencer. A lista de vencedores no Santuário de Santa Luzia confirma isso mesmo. Em 2018 foi o espanhol Enrique Sainz, em 2017 Gustavo Veloso com a sua W52/FC Porto a partir o pelotão e em 2015 o português José Gonçalves. Para ganhar em Santa Luzia é preciso muita explosão e watts de potência levar de vencida a inclinação da estrada que ainda por cima é em paralelo. É provável uma chegada num pelotão reduzido onde alguns ciclistas vão sentir muitas dificuldades e perder os seus primeiros minutos na geral individual.
29 de setembro: 2.ª Etapa»
Paredes – Senhora da Graça (Mondim de Basto), 167 km
Sem a beleza de outros tempos, uma vez que não é expectável a tradicional
multidão de adeptos em Mondim de Bastas e nos 8km de ascensão ao Monte Farinha,
a etapa 2 é a etapa rainha desta edição especial da Volta a Portugal. Entre
Paredes e a Senhora da Graça serão 167 km e 5 contagens de montanha: 4º cat em
Rebordosa logo no início da etapa; a serra do Marão com a sua longa subida é
uma 1º cat. No total serão 23km sempre a subir. Os últimos 12,4km tem uma
pendente média de 4,8%. Após 8km de descida segue-se o Alto de Velão (4ª Cat
com 3,2km a 4,1%). Quando o pelotão se encontrar a 46km do Alto da Senhora da
Graça entramos na fase decisiva da corrida. A subida a Barreiros será realizada
por Ermelo e é uma 1º Cat com a extensão de 10km e média de inclinação de 6,5%.
Os últimos 2km de subida serão terríveis e as rampas chegam aos 2 dígitos. O
empedrado rugoso não ajuda a progressão da bicicleta, mas dá espetáculo na
chegada ao Alto de Barreiro. Segue-se a descida até Mondim de Basto e a sua
tradicional meta volante e o pelotão entra da derradeira subida do dia. De
Mondim de Basto até ao Santuário da Senhora da Graça são 8,3km a 7,2%. O Monte
Farinha é uma 1º Cat e já foi o palco e memoráveis dias de ciclismo. Memorável
foi a vitória de António Carvalho o ano passado. Será que o ciclista, agora da
Efapel, é capaz de repetir o êxito. É um dos candidatos a vencer a etapa, a
concorrência é forte. Quem quer vencer a Volta a Portugal 2020 tem de chegar
obrigatoriamente nos primeiros lugares da etapa.
30 de setembro: 3.ª Etapa» Felgueiras – Viseu, 171,9 km
Uma longa etapa de 171,9km onde
finalmente os sprinters do pelotão podem ser os principais protagonistas do
dia. A contagem de 2ºCat em Bigorne (16,5km a 3%) a cerca de 60km da meta em
Viseu pode partir o pelotão, mas a distância para a meta é suficiente para
reagrupar e preparar um sprint na “Cidade das Rotundas “. Nos últimos 3km o
pelotão ultrapassa 6 rotundas e por isso o posicionamento dos ciclistas é
fundamental. Favoritos a vencer em Viseu são: Riccardo Minali e Mauro Finetto (
Nippo Delko) , Daniel Mestre ( W52/FC Porto), o britânico Daniel Mclay e Bram
Welten ( Team Arkea Samsic), Cesar Martingil (Atum general / Tavira / Maria
Nova Hotel) e João Matias ( Aviludo Louletano).
1 de outubro: 4.ª Etapa» Guarda – Torre (Covilhã), 148 km
Numa Volta a Portugal com menos dias de competição e depois de passada a
chegada à Senhora da Graça, a etapa com chegada a Torre torna-se fundamental
para a definição dos lugares cimeiros da competição. Quem perdeu tempo no Monte
Farinha tem neste dia a oportunidade de encurtar distâncias e entrar na luta
pela geral individual. A chegada ao ponto mais alto de Portugal continental é
sempre recheada de emoção, espetáculo e muitas histórias para contar. Na subida
pela vertente da Covilhã, Vitor Gamito começou a quebrar o enguiço do “eterno
segundo português”. Venceu a etapa, brilhou com uma exibição fenomenal e ficou
vestido de amarelo. Foi em 2000, ano em que Gamito ganhou a Volta a Portugal e
nós já recordamos esse momento aqui. Mas a Torre também assistiu em 1994 a uma
soberba vitória de Joaquim Gomes. No meio de tanto nevoeiro Joaquim Gomes
cortou a meta sem perceber quem tinha ganho. Abraçado ao seu pai que o aquecia
do frio perguntou: “Pai quem ganhou? Foste tu Quim, foste tu “. Joaquim
Gomes ficou incrédulo. Mas voltando à etapa. São 148km entre Guarda e o Alto da
Torre. Depois das metas volantes em Celorico da Beira e Gouveia o pelotão sobe
às Penhas Douradas. Uma subida classificada como de 2ª Cat (19,6 km a 4,3%)
sendo que os primeiros km’s são os que apresentam uma percentagem de inclinação
maior. Longa descida para Manteigas e antes de entrar na fase final da etapa o
pelotão ainda irá subir a Sarzedo: uma 3ª Cat com 6,5 km a 4,1%. A subida à
Torre será pela vertente mais difícil: por Covilhã. Serão no total 20,6km com
uma inclinação média de 6,5%. A parte inicial mais complicada com as rampas a
10% na passagem pela Pousada de Portugal da Serra da Estrela poderá ser o palco
de quem quer partir a corrida e distanciar-se do pelotão. Quem sair de amarelo
da Torre dá um passo de gigante para vencer a Volta a Portugal 2020.
2 de outubro: 5.ª Etapa» Nogueira do Cravo (Oliveira do Hospital) – Águeda, 176,3 km
Oliveira do Hospital recebe mais uma vez a Volta a Portugal e será o palco da partida da etapa 5
que acabará em Águeda, uma região muito querida para o mundo das bicicletas. A última
vez que a festa da Volta terminou em Águeda foi em 2001 com a vitória do
italiano Salvatore Commesso com a camisola da Saeco. Ao longo dos 176km teremos
2 contagens de montanha de 4º Cat: em Celavisa (5,2km, 3%) e em Espinheira
(6,3km, 3,4%). Estão muito longe da meta e por isso não vão causar mossa nos
sprinters do pelotão. Serão os homens mais rápidos que vão discutir a etapa. O
final é em ligeira subida, os últimos 2km tem uma inclinação média 2,7%. Um
final exigente com uma reta da meta de apenas 400m que pode também surpreender
com um ataque de um puncheur nos metros finais.
3 de outubro: 6.ª Etapa» Caldas da Rainha – Torres Vedras, 155 km
Mais uma etapa onde os sprinters são os principais candidatos a vencer. São
155km sem grandes dificuldades no percurso. Apenas uma contagem de 4ª Cat logo
no início da etapa em Alfeirezão (2,4km a 5,3%). Teremos depois 3 metas volantes:
Alcobaça, Cadaval e Santa Cruz. A chegada a Torres Vedras, terra de grandes
tradições ciclísticas e região que viu nascer nomes como Joaquim Agostinho e
Orlando Rodrigues, é repleta de rotundas. Serão 8 nos últimos 4km, o que poderá
complicar as estratégias dos sprinters. A reta da meta tem 500m e quem vencer
sucede a Vítor de Sousa que ali ganhou em 1963. Pois é, desde esse ano a cidade
de Torres Vedras não recebe um final de uma etapa. Vitor de Sousa vestiu com as
cores do Louletano. Será um bom pronúncio para João Matias?
4 de outubro: 7.ª Etapa» Loures – Setúbal, 161 km
Última etapa em linha da Volta a Portugal e na véspera do contrarrelógio
final, a etapa entre Loures e Setúbal terá 161km. Setúbal é a cidade mais a sul
que fará parte do percurso da Volta a Portugal 2020. A primeira fase da etapa
não apresenta grandes dificuldades ao pelotão. Aos 38km de etapa teremos a 4º
Cat de Carvalha ( 4km a 2,6%). Depois o terreno é plano com as metas volantes
em Vila Franca de Xira, Montijo e Palmela. Em Palmela a meta volante está
instalada numa pequena subida com 1km a 5,6%. A subida ao Alto da Arrábida é
uma 2ª Cat (6,4km , 4,9%) com os últimos 1,5km com uma inclinação média com
8,2%. Mas antes da subida categorizada o perfil do percurso não é fácil. A
subida do Portinho da Arrábida são 1,7km a 9,2% e é aí que começa a subida que definirá
os ciclistas candidatos a vencer na Avenida Todi em Setúbal. Foi nesta parte da
etapa, num percurso igual nos km finais, que Raul Alarcon venceu em 2017 em
Setúbal e vestiu a camisola amarela. Do Alto da Arrábida até a meta distam 13km
quase sempre em descida pelo que um ataque na contagem de 2ª cat pode ter
sucesso na meta da principal avenida setubalense.
5 de outubro: 8.ª Etapa» Lisboa – Lisboa, 17,7 km (CRI)
O ano passado foi no Porto, este ano é Lisboa. O contrarrelógio final da
Volta a Portugal 2020 parte da Ribeira das Naus e termina na Praça do Comercio.
No total serão 17,7km para definir o vencedor da Volta a Portugal 2020 – edição
especial. A inversão de sentido é feita na Avenida Dr. Augusto de Castro e é aí
que a estrada inclina um pouco. São 1,9km a 3% de inclinação. Atenção à parte
final do percurso. Bastante sinuosa e perigosa com passagens pela rua da Prata
, Rua do Ouro e Rua Augusta.
O
pelotão:
Devido
às circunstâncias que a pandemia de Covid-19 está a implicar um pouco por todo
o lado e naturalmente também no ciclismo, o pelotão da edição especial da Volta
a Portugal apresenta-se mais reduzido. Foi preciso reduzir 20% em relação a
2019 e como tal houve a necessidade de recusar a participação de algumas
equipas.
Em
Fafe, são 105 ciclistas distribuídos por cinco equipas escalão Pro Team e as nove
equipas Continentais portuguesas. Nesta edição especial a Federação Portuguesa
de Ciclismo decidiu, e bem, a inclusão de uma seleção de Portugal formada maioritariamente constituída por
ciclistas sub-23.
Inicialmente
estava prevista a participação de uma equipa World Tour: a espanhola Movistar
Team, mas infelizmente não se confirmou!
De
notar que as equipas Pro Team, talvez com a execçao da Burgos- BH, chegam à
Volta a Portugal com as suas segundas linhas
Equipas
:
Pro
Teams:
Burgos
BH (Espanha); Caja Rural – RGA Seguros (Espanha); Nippo Delko Provence (França);
Rally Cycling ( USA ) e Team Arkea Samsic ( França)
Continentais
Atum General/
Tavira/ Maria Nova Hotel (Portugal); Aviludo-Louletano ( Portugal); Efapel (
Portugal); Feirense ( Portugal ); Kelly/InOutBuild/ UD Oliveirense ( Portugal);
LA Aluminios/LA Sport ( Portugal); Miranda-Mortágua ( Portugal); Radio Popular
Boavista ( Portugal ); W52-FC Porto ( Portugal ).
Seleção
Nacional
Equipa Portugal
Burgos BH (Espanha)
A
equipa espanhola da Burgos BH apresenta-se na Volta a Portugal, depois da sua
participação no GO Internacional Troféu Joaquim Agostinho, com uma formação
bastante equilibrada e traz alguns dos seus melhores ciclistas. Destaque para o
português José Neves que se irá estrar na prova. O ciclista natural de Couço é
bastante completo, mas a luta contrarrelógio parece ser a sua principal
especialidade. A armada lusa da Burgos BH contempla também Ricardo Vilela. O
melhor que o bragantino já fez foi um sexto lugar em 2014. Destaques para o
Jesus Ezquerra que ao serviço do Sporting/Tavira venceu a etapa em Arruda dos
Vinhos em 2016. Willie Smit pode ser a aposta para as chegadas ao sprint e
Diego Rubio ( 8º no campeonato nacional espanhol ) uma seta apontada para as
etapas com final com alguma dificuldade e onde é preciso muita explosão. Angel
Madrazo será o trepador da equipa espanhola. O ano passado venceu a etapa mais
importante da sua carreira: a etapa 5 da Vuelta a Espanha com final no
Observatório Astrófisico de Javalambre.
Caja Rural – RGA Seguros (Espanha)
Outra
das formações Pro Teams que nos tem visitado nos últimos anos é a Caja Rural –
RGA Seguros. Desta vez a formação espanhola deixa de fora alguma das suas
principais figuras e chega à Volta a Portugal com uma equipa bastante jovem. O
venezuelano Orluis Aular e os espanhol Jon Irisarri e David Gonzalez são os
sprinters da equipa. Oier Lazkano pode entrar na luta pela camisola da
juventude. Para as duras etapas da Senhora da Graça e Torre é provável que o
melhor ciclista da Caja Rural – RGA Seguros seja Cristian Rodriguez. Héctor
Sainz irá tentar repetir a vitória do ano em Bragança?
Nippo Delko Provence (França)
A
equipa comandada por José Azevedo marca presença na prova portuguesa, mas deixa
de fora o ciclista português José Gonçalves. Nas chegadas ao sprint é provável
ver os homens da equipa francesa a lutar pelos primeiros lugares. Em finais
rápidos destaque-se Riccardo Minali e
Alessandro Fedelli que venceu recentemente uma etapa no Tour du Limousin à
frente de Rui Costa. Para atacar a geral individual, José Azevedo deve apontar
os veteranos Delio Fernandez e Mauro Finetto. Fernandez , ao serviço OFM Quinta
da Lixa, em 2014 já ficou no pódio da Volta a Portugal ao terminar na terceira
posição. O espanhol José Manuel Díaz pode destacar-se nas etapas mais
montanhosas.
Rally Cycling (USA)
Nos
últimos anos os americanos da Rally Cycling já deram a conhecer jovens com
muita qualidade para a modalidade. Destaque obvio ao super gregário Sepp Kuss
da Team Jumbo Visma mas também a Brandon Mcnulty. Destaque obvio para Gavin
Mannion que pode lutar pelo top 10 da geral individual. Em provas por etapas o
americano de 29 anos parece ser muito regular e em 2018 venceu a Clássica do
Colorado. O veterano Rob Britton pode ser uma ajuda preciosa para Mannion nas
etapas com dificultades montanhosa. Nathan Brown pode ambicionar bons
resultados no prólogo inicial mas também no contrarrelógio final em
Lisboa.
Team Arkea Samsic (França)
Os
franceses não trazem as suas principais figuras uma vez que estiveram presentes
no último Tour de France. A equipa está montada para um grande objetivo: levar
o sprinter Daniel Mclay a vencer o maior número de vitórias em etapas. Se Mclay
falhar o plano B recaiu no holandês Bram Welten que pode sprintar com os homens
mais rápidos do pelotão. Matis Louvel pode ser uma boa surpresa nesta Volta a
Portugal e a camisola branca de mellhor jovem pode ser um grande objetivo do
jovem francês.
Atum General/ Tavira/ Maria Nova Hotel (Portugal)
A equipa de Vital Fitas apresenta-se nesta Volta a Portugal com um grande objetivo: levar Frederico Figueiredo aos lugares mais altos da geral individual. Frederico Figueiredo acabou de vencer o GP Internacional Troféu Joaquim Agostinho, está aparentemente em boa forma para alcançar aquilo que nunca fez: um pódio. Sem azares ou lesões, Fred é um dos melhores trepadores do pelotão nacional e aos 29 anos não pode escapar mais uma oportunidade para brilhar na “Grandíssima”. Para apoiar Figueiredo nas etapas montanhosas os algarvios trazem o experiente Alejandro Marque, vencedor da Volta a Portugal de 2013 e também o português David Livramento. Cesar Martingil é o sprinter da equipa de Tavira e Alexander Grigoryev um ciclista completo que pode surpreender em chegadas exigentes e num grupo reduzido
Aviludo-Louletano (Portugal)
Efapel (Portugal)
Tudo,
tudo, tudo …. por Joni Brandão! É assim a Efapel nesta Volta a Portugal.
Segundo classificado por três vezes, Joni Brandão tem falhado o lugar mais alto
do pódio por muito pouco. Em 2019 a luta entre Brandão e João Rodrigues foi
épica. À entrada para o contrarrelógio final ambos tinham o mesmo tempo. O
final já todos sabemos: João Rodrigues venceu e Joni ficou mais uma vez na
segunda posição. Não quer ser apelidado do “eterno segundo” por isso e como o
CRI não é o seu forte, é de esperar um Joni Brandão ao ataque logo na segunda
etapa na Senhora da Graça. A equipa da Efapel contratou um reforço de peso para
auxiliar o ciclista de Travanca: António Carvalho. Com a saída do trepador da
W52/FC Porto a equipa nortenha fica mais frágil ao mesmo tempo que Joni Brandão
ganha um braço direito que nunca teve para o ajudar a vencer a Volta a Portugal.
Os gregários de Joni Brandão são de luxo: Sérgio Paulinho, Tiago Machado, Cesar
Fonte e Rafael Silva. O reforço Luís Mendonça, terceiro classificado do GP
Internacional Joaquim Agostinho terá como missão intrometer-se na luta pelas
etapas a terminar em sprint sobretudo com finais exigentes e com um pelotão
mais reduzido.
Feirense (Portugal)
Kelly/InOutBuild/ UD Oliveirense
De
Oliveira de Azeméis chega uma formação que mistura a experiência dos reforços
como Henrique Casemiro e Luís Gomes com a juventude e “rebeldia “de Rafael
Lourenço, Venceslau Fernandes, Fábio Costa, José Pedro Lopes e Pedro Miguel
Lopes. Luís Gomes venceu a camisola da montanha na edição 2019 e este ano pode
ter como objetivo chegar a um ambicionado top 10 na geral individual. O
trepador natural de Vila Nova de Gaia foi 4º classificado nos nacionais e
esteve em muito bom plano no último GP Internacional Troféu Joaquim Agostinho
ao terminar no segundo lugar da competição. O alentejano Henrique Casemiro tem
uma longa experiência na Volta a Portugal. É um trepador de excelência que já
por diversas vezes terminou no top 10 da geral. Numa equipa tão jovem, Casemiro
aparece também como o capitão da estrada, a referência e a voz de comando dos
homens liderados por Manuel Correia. Pedro Miguel Lopes pode ser uma boa aposta
para a camisola branca ficar no museu da UD Oliveirense.
LA Aluminios/LA Sport (Portugal)
Mais
uma formação totalmente portuguesa e muito jovem onde o grande objetivo deverá
ser levar o trepador Emanuel Duarte a lutar por um top 10 da geral individual.
Com a experiência de Bruno Silva, os restantes elementos têm como ambição
entrar nas diversas fugas do dia para tentar alcançar a desejada vitória em
etapa.
Miranda-Mortágua (Portugal)
O
reforço da equipa de Mortágua Joaquim Silva será o líder e o ciclista melhor
posicionamento para finalmente conseguir um lugar de destaque na Volta a
Portugal. Terá como principal aliado o veterano trepador Hugo Sancho. Para as
etapas mais rápidas o Miranda- Mortágua lançará para a frente o sprinter Daniel
Freitas.
Rádio Popular Boavista (Portugal)
Depois
da excelente Volta a Portugal de 2019 onde venceu a camisola da montanha com Luís
Gomes e duas etapas, que surpresa traz o Professor José Santos para esta Volta
a Portugal? João Benta é o nome para lutar pela geral individual e toda a
equipa parece montada para ajudar o ciclista de Esposende. Uma dúzia de bons
trepadores onde se destaca naturalmente Daniel Silva e Luís Fernandes. A
qualidade a trepar é tanta que a camisola da montanha, juntamente com a geral
para João Benta, serão os principais objetivos da equipa boavisteira. Atenção
ao jovem Gonçalo Carvalho para a camisola branca da juventude.
W52-FC Porto (Portugal)
É
a principal e melhor equipa portuguesa nos últimos anos. É também o alvo a
abater pelas restantes formações que se apresentam nesta Volta a Portugal. Nas
últimas 7 edições (incluindo a OFM Quinta da Lixa) a estrutura nortenha venceu
a Volta a Portugal e está pronta para alcançar o oitavo título. João Rodrigues
é o campeão venceu em 2019 e deverá ser no algarvio que a equipa liderada por Nuno
Ribeiro irá apostar. Gustavo Veloso, Ricardo Mestre e Rui Vinhas são os
gregários de luxo (ambos já sabem o que é vencer a Volta a Portugal) e Amaro
Antunes que regressou à equipa o plano B se João Rodrigues falhar por algum
motivo. Mesmo com a saída de António Carvalho para a rival Efapel, a estrutura
da W52-FC Porto não perde qualidade e tal como nos anos anteriores é provável
ver vários ciclistas vestidos de azul e branco no top 10 da Volta a Portugal.
Nas chegadas mais rápidas a aposta será no alentejano Daniel Mestre.
Equipa Portugal
A
equipa Portugal será uma formação maioritariamente sub-23 onde se destaca naturalmente o elite André
Carvalho ciclista da Hagens Berman Axeon. A restante formação tem na Volta a
Portugal uma excelente oportunidade para ganhar experiencia e ritmo de
competição numa volta com 9 dias de competição.
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Percurso e Livro Oficial: aqui
Starlist : aqui
Hastag : #VoltaPortugal ; #VoltaaPortugal; Volta2020
Transmissão TV : RTP 1
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Transmissão Rádio : Rádio Horizonte
Volta a
Portugal-Edição Especial 2020
Para acompanhar online
aqui: https://radioonline.com.pt/horizonte-tavira/
Com: Teixeira Correia,
Fernando Gregório, José Soares e Ademar Dias (Estúdio)
** Plano de
Transmissão **
Dia 27 (Domingo)-
12,00(*)- 14,00- 15,00- 16,00- 17,00- 17,20 (últimos corredores Prólogo) até
final da etapa.
Dia 28 (2ª feira)-
12,00(*)- 13,00- 14,00- 15,00- 16,00- 17,00- 17,15 (últimos 5 kms) até final da
etapa.
Dia 29 (3ª feira)-
12,00(*)- 13,00- 14,00- 15,00- 16,00- 17,00- 17,15 (últimos 5 kms) até final da
etapa.
Dia 30 (4ª feira)-
12,00(*)- 13,00- 14,00- 15,00- 16,00- 17,00- 17,20 (últimos 5 kms) até final da
etapa.
Dia 01 (5ª feira)-
12,00(*)- 13,00- 14,00- 15,00- 16,00- 16,45- 17,05 (últimos 5 kms) até final da
etapa.
Dia 02 (6ª feira)-
12,00(*)- 13,00- 14,00- 15,00- 16,00- 17,15 (últimos 5 kms) até final da etapa.
Dia 03 (Sábado)-
12,00(*)- 13,00- 14,00- 14,30- 15,00- 16,00- 17, 00- 17,25 (últimos 5 kms) até
final da etapa.
Dia 04 (Domingo)-
12,00(*)- 13,00- 14,00- 15,00- 16,00- 16,45- 17,20 (últimos 5 kms) até final da
etapa.
Dia 05 (2ª feira)- 12,00(*)- 13,00- 14,00- 15,00- 16,00- 17,00 (últimos corredores do CRI) até final da etapa.
(*) No final do noticiário +++++ (CRI)- Contrarrelógio Individual
** DIÁRIO DA VOLTA –
20h00 * repetição às 21h00 * *
** Novas repetições – 07h00, 08h00 e 09h00 do dia seguinte * *
_______________________________________________________________
Boas pedaladas!
AT
Excelente trabalho! Boa continuação e boas pedaladas.
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