quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Volta a Portugal 2020 - Edição Especial

 

Uma edição especial para mostrar que na vida é preciso ter esperança, fazer sacrifícios e ter muita força de vontade. A Federação Portuguesa de Ciclismo admite que esta Volta a Portugal em bicicleta é a “volta da esperança e da resiliência “e nós concordamos. É a Volta possível no contexto em que vivemos, mas é a Volta necessária para continuarmos a ter ciclismo de elite no nosso país. As equipas portuguesas precisam da Volta a Portugal mais do que nunca. Num ano em que pouco ou nada competiram, os nove dias de competição entre 27 de setembro e 5 de outubro podem ser a tábua de salvação para algumas das formações nacionais.

Inicialmente prevista para 29 julho a 9 de agosto, mas face às exigências impostas pelas autoridades nacionais relacionadas com a pandemia Covid 19, a Podium Events garante que não tinha capacidade para organizar a competição e “honrar os compromissos com os patrocinadores “e como tal abandona a edição 2020. 

A Federação Portuguesa de Ciclismo avança para uma edição especial, obtém o apoio da Presidência da República, do Governo de Portugal, consegue novos patrocinadores e em tempo recorde organiza um dos maiores eventos anuais realizados em Portugal. Notável o esforço da Federação Portuguesa de Ciclismo.

A Volta a Portugal é a melhor e praticamente a única altura da temporada em que as equipas portuguesas tem exposição mediática. Quando o patrocinador tem retorno financeiro ou minimiza as suas perdas. E do ponto de vista desportivo é também a competição mais importante para as formações nacionais. Se não se realizasse a Volta a Portugal e no atual panorama do ciclismo mundial, seria muito provavelmente uma machada final no ciclismo lusitano. É que na Volta a Portugal as equipas portuguesas são as principais protagonistas. Elas precisam dos 9 dias da Volta a Portugal como “pão para a boca “! 

É a Volta a Portugal que nós gostávamos? Não! Alteração de data, menos dias de competição, menos ciclistas e menos público. Mas é a Volta a Portugal possível de realizar e isso neste momento é o mais importante.

De 27 setembro em Fafe até 5 de Outubro em Lisboa, serão 9 dias de competição. No total teremos 1 167,9 km. Um prólogo de 8km e a fechar um contrarrelógio de 18km.E duas chegadas em alto:  Senhora da Graça e Torre. Estes serão os pontos decisivos de uma edição especial onde o pelotão tentará bater os crónicos vencedores da W52-FC Porto. Sim, porque para nós esta edição é a continuação da 81ª Volta a Portugal em Bicicleta.

Vem aí a “Grandíssima” e que tudo corra bem!   


O Percurso: 


27 de setembro: Prólogo» Fafe – Fafe, 7 km (CRI)

28 de setembro: 1.ª Etapa» Montalegre – Santa Luzia (Viana do Castelo), 180 km

29 de setembro: 2.ª Etapa» Paredes – Senhora da Graça (Mondim de Basto), 167 km

30 de setembro: 3.ª Etapa» Felgueiras – Viseu, 171,9 km

1 de outubro: 4.ª Etapa» Guarda – Torre (Covilhã), 148 km

2 de outubro: 5.ª Etapa» Oliveira do Hospital – Águeda, 176,3 km

3 de outubro: 6.ª Etapa» Caldas da Rainha – Torres Vedras, 155 km

4 de outubro: 7.ª Etapa» Loures – Setúbal, 161 km

5 de outubro: 8.ª Etapa» Lisboa – Lisboa, 17,7 km (CRI)


27 de setembro: Prólogo» Fafe – Fafe, 7 km (CRI)

A Volta a Portugal 2020 – Edição Especial começa com um prólogo na cidade minhota de Fafe que é um “habitué” da prova rainha portuguesa. Em 2018 aqui venceu o espanhol Vicente Garcia de Mateos num contrarrelógio de 17,3km. Mas desta vez o percurso é mais curto, serão apenas 7km para definir o primeiro camisola amarela da competição. Um percurso maioritariamente plano, com uma pequena dificuldade na fase final (Avenida da Granja – 700m a 10,7%) que terminará no centro de Fafe na Praça 25 de Abril.  

28 de setembro: 1.ª Etapa» Montalegre – Santa Luzia (Viana do Castelo), 180 km

 



Ao segundo dia de competição a etapa 1 da Volta a Portugal é a que tem uma extensão maior. Serão 180km do interior transmontano de Montalegre até à costa em Viana do Castelo. A vila do Alto Tâmega viu nascer um dos principais nomes do ciclismo português. Falamos de Acácio do Silva, único ciclista luso a vestir de amarelo no Tour de France. Nos últimos anos é uma presença assídua na “Grandíssima” quase sempre como lugar de partida. Entre Montalegre e o Santuário de Santa Luzia em Viana do Castelo o percurso é deslumbrante.  Passagem pelo Gerês na barragem da Caniçada e subida de 3ª cat a Covide (a aldeia, não a doença 😊) com 8,7km a 4,8%. Segue-se Terras de Bouro, Vila Verde e Barroselas, ambas as localidades com Meta Volante e finalmente a subida ao Santuário de Santa Luzia em Viana do Castelo (4,6km a 4,3%). Um final exigente onde os punchers do pelotão serão os principais candidatos a vencer. A lista de vencedores no Santuário de Santa Luzia confirma isso mesmo. Em 2018 foi o espanhol Enrique Sainz, em 2017 Gustavo Veloso com a sua W52/FC Porto a partir o pelotão e em 2015 o português José Gonçalves. Para ganhar em Santa Luzia é preciso muita explosão e watts de potência levar de vencida a inclinação da estrada que ainda por cima é em paralelo. É provável uma chegada num pelotão reduzido onde alguns ciclistas vão sentir muitas dificuldades e perder os seus primeiros minutos na geral individual.

29 de setembro: 2.ª Etapa» Paredes – Senhora da Graça (Mondim de Basto), 167 km

 

Sem a beleza de outros tempos, uma vez que não é expectável a tradicional multidão de adeptos em Mondim de Bastas e nos 8km de ascensão ao Monte Farinha, a etapa 2 é a etapa rainha desta edição especial da Volta a Portugal. Entre Paredes e a Senhora da Graça serão 167 km e 5 contagens de montanha: 4º cat em Rebordosa logo no início da etapa; a serra do Marão com a sua longa subida é uma 1º cat. No total serão 23km sempre a subir. Os últimos 12,4km tem uma pendente média de 4,8%. Após 8km de descida segue-se o Alto de Velão (4ª Cat com 3,2km a 4,1%). Quando o pelotão se encontrar a 46km do Alto da Senhora da Graça entramos na fase decisiva da corrida. A subida a Barreiros será realizada por Ermelo e é uma 1º Cat com a extensão de 10km e média de inclinação de 6,5%. Os últimos 2km de subida serão terríveis e as rampas chegam aos 2 dígitos. O empedrado rugoso não ajuda a progressão da bicicleta, mas dá espetáculo na chegada ao Alto de Barreiro. Segue-se a descida até Mondim de Basto e a sua tradicional meta volante e o pelotão entra da derradeira subida do dia. De Mondim de Basto até ao Santuário da Senhora da Graça são 8,3km a 7,2%. O Monte Farinha é uma 1º Cat e já foi o palco e memoráveis dias de ciclismo. Memorável foi a vitória de António Carvalho o ano passado. Será que o ciclista, agora da Efapel, é capaz de repetir o êxito. É um dos candidatos a vencer a etapa, a concorrência é forte. Quem quer vencer a Volta a Portugal 2020 tem de chegar obrigatoriamente nos primeiros lugares da etapa. 

 30 de setembro: 3.ª Etapa» Felgueiras – Viseu, 171,9 km


Uma longa etapa de 171,9km onde finalmente os sprinters do pelotão podem ser os principais protagonistas do dia. A contagem de 2ºCat em Bigorne (16,5km a 3%) a cerca de 60km da meta em Viseu pode partir o pelotão, mas a distância para a meta é suficiente para reagrupar e preparar um sprint na “Cidade das Rotundas “. Nos últimos 3km o pelotão ultrapassa 6 rotundas e por isso o posicionamento dos ciclistas é fundamental. Favoritos a vencer em Viseu são: Riccardo Minali e Mauro Finetto ( Nippo Delko) , Daniel Mestre ( W52/FC Porto), o britânico Daniel Mclay e Bram Welten ( Team Arkea Samsic), Cesar Martingil (Atum general / Tavira / Maria Nova Hotel) e João Matias ( Aviludo Louletano).

 1 de outubro: 4.ª Etapa» Guarda – Torre (Covilhã), 148 km

Numa Volta a Portugal com menos dias de competição e depois de passada a chegada à Senhora da Graça, a etapa com chegada a Torre torna-se fundamental para a definição dos lugares cimeiros da competição. Quem perdeu tempo no Monte Farinha tem neste dia a oportunidade de encurtar distâncias e entrar na luta pela geral individual. A chegada ao ponto mais alto de Portugal continental é sempre recheada de emoção, espetáculo e muitas histórias para contar. Na subida pela vertente da Covilhã, Vitor Gamito começou a quebrar o enguiço do “eterno segundo português”. Venceu a etapa, brilhou com uma exibição fenomenal e ficou vestido de amarelo. Foi em 2000, ano em que Gamito ganhou a Volta a Portugal e nós já recordamos esse momento aqui. Mas a Torre também assistiu em 1994 a uma soberba vitória de Joaquim Gomes. No meio de tanto nevoeiro Joaquim Gomes cortou a meta sem perceber quem tinha ganho. Abraçado ao seu pai que o aquecia do frio perguntou: “Pai quem ganhou? Foste tu Quim, foste tu “. Joaquim Gomes ficou incrédulo. Mas voltando à etapa. São 148km entre Guarda e o Alto da Torre. Depois das metas volantes em Celorico da Beira e Gouveia o pelotão sobe às Penhas Douradas. Uma subida classificada como de 2ª Cat (19,6 km a 4,3%) sendo que os primeiros km’s são os que apresentam uma percentagem de inclinação maior. Longa descida para Manteigas e antes de entrar na fase final da etapa o pelotão ainda irá subir a Sarzedo: uma 3ª Cat com 6,5 km a 4,1%. A subida à Torre será pela vertente mais difícil: por Covilhã. Serão no total 20,6km com uma inclinação média de 6,5%. A parte inicial mais complicada com as rampas a 10% na passagem pela Pousada de Portugal da Serra da Estrela poderá ser o palco de quem quer partir a corrida e distanciar-se do pelotão. Quem sair de amarelo da Torre dá um passo de gigante para vencer a Volta a Portugal 2020. 

 2 de outubro: 5.ª Etapa» Nogueira do Cravo (Oliveira do Hospital) – Águeda, 176,3 km

 

Oliveira do Hospital recebe mais uma vez a Volta a Portugal e será o palco da partida da etapa 5 que acabará em Águeda, uma região muito querida para o mundo das bicicletas. A última vez que a festa da Volta terminou em Águeda foi em 2001 com a vitória do italiano Salvatore Commesso com a camisola da Saeco. Ao longo dos 176km teremos 2 contagens de montanha de 4º Cat: em Celavisa (5,2km, 3%) e em Espinheira (6,3km, 3,4%). Estão muito longe da meta e por isso não vão causar mossa nos sprinters do pelotão. Serão os homens mais rápidos que vão discutir a etapa. O final é em ligeira subida, os últimos 2km tem uma inclinação média 2,7%. Um final exigente com uma reta da meta de apenas 400m que pode também surpreender com um ataque de um puncheur nos metros finais.

 3 de outubro: 6.ª Etapa» Caldas da Rainha – Torres Vedras, 155 km

 

Mais uma etapa onde os sprinters são os principais candidatos a vencer. São 155km sem grandes dificuldades no percurso. Apenas uma contagem de 4ª Cat logo no início da etapa em Alfeirezão (2,4km a 5,3%). Teremos depois 3 metas volantes: Alcobaça, Cadaval e Santa Cruz. A chegada a Torres Vedras, terra de grandes tradições ciclísticas e região que viu nascer nomes como Joaquim Agostinho e Orlando Rodrigues, é repleta de rotundas. Serão 8 nos últimos 4km, o que poderá complicar as estratégias dos sprinters. A reta da meta tem 500m e quem vencer sucede a Vítor de Sousa que ali ganhou em 1963. Pois é, desde esse ano a cidade de Torres Vedras não recebe um final de uma etapa. Vitor de Sousa vestiu com as cores do Louletano. Será um bom pronúncio para João Matias?

 4 de outubro: 7.ª Etapa» Loures – Setúbal, 161 km

 

Última etapa em linha da Volta a Portugal e na véspera do contrarrelógio final, a etapa entre Loures e Setúbal terá 161km. Setúbal é a cidade mais a sul que fará parte do percurso da Volta a Portugal 2020. A primeira fase da etapa não apresenta grandes dificuldades ao pelotão. Aos 38km de etapa teremos a 4º Cat de Carvalha ( 4km a 2,6%). Depois o terreno é plano com as metas volantes em Vila Franca de Xira, Montijo e Palmela. Em Palmela a meta volante está instalada numa pequena subida com 1km a 5,6%. A subida ao Alto da Arrábida é uma 2ª Cat (6,4km , 4,9%) com os últimos 1,5km com uma inclinação média com 8,2%. Mas antes da subida categorizada o perfil do percurso não é fácil. A subida do Portinho da Arrábida são 1,7km a 9,2% e é aí que começa a subida que definirá os ciclistas candidatos a vencer na Avenida Todi em Setúbal. Foi nesta parte da etapa, num percurso igual nos km finais, que Raul Alarcon venceu em 2017 em Setúbal e vestiu a camisola amarela. Do Alto da Arrábida até a meta distam 13km quase sempre em descida pelo que um ataque na contagem de 2ª cat pode ter sucesso na meta da principal avenida setubalense.

5 de outubro: 8.ª Etapa» Lisboa – Lisboa, 17,7 km (CRI)

 

O ano passado foi no Porto, este ano é Lisboa. O contrarrelógio final da Volta a Portugal 2020 parte da Ribeira das Naus e termina na Praça do Comercio. No total serão 17,7km para definir o vencedor da Volta a Portugal 2020 – edição especial. A inversão de sentido é feita na Avenida Dr. Augusto de Castro e é aí que a estrada inclina um pouco. São 1,9km a 3% de inclinação. Atenção à parte final do percurso. Bastante sinuosa e perigosa com passagens pela rua da Prata , Rua do Ouro e Rua Augusta.

O pelotão:

Devido às circunstâncias que a pandemia de Covid-19 está a implicar um pouco por todo o lado e naturalmente também no ciclismo, o pelotão da edição especial da Volta a Portugal apresenta-se mais reduzido. Foi preciso reduzir 20% em relação a 2019 e como tal houve a necessidade de recusar a participação de algumas equipas.

Em Fafe, são 105 ciclistas distribuídos por cinco equipas escalão Pro Team e as nove equipas Continentais portuguesas. Nesta edição especial a Federação Portuguesa de Ciclismo decidiu, e bem, a inclusão de uma seleção de Portugal formada maioritariamente constituída  por ciclistas sub-23.

Inicialmente estava prevista a participação de uma equipa World Tour: a espanhola Movistar Team, mas infelizmente não se confirmou!

De notar que as equipas Pro Team, talvez com a execçao da Burgos- BH, chegam à Volta a Portugal com as suas segundas linhas

Equipas :

Pro Teams:

Burgos BH (Espanha); Caja Rural – RGA Seguros (Espanha); Nippo Delko Provence (França); Rally Cycling ( USA ) e Team Arkea Samsic ( França)

Continentais

Atum General/ Tavira/ Maria Nova Hotel (Portugal); Aviludo-Louletano ( Portugal); Efapel ( Portugal); Feirense ( Portugal ); Kelly/InOutBuild/ UD Oliveirense ( Portugal); LA Aluminios/LA Sport ( Portugal); Miranda-Mortágua ( Portugal); Radio Popular Boavista ( Portugal ); W52-FC Porto ( Portugal ).

Seleção Nacional

Equipa Portugal

Burgos BH (Espanha)


A equipa espanhola da Burgos BH apresenta-se na Volta a Portugal, depois da sua participação no GO Internacional Troféu Joaquim Agostinho, com uma formação bastante equilibrada e traz alguns dos seus melhores ciclistas. Destaque para o português José Neves que se irá estrar na prova. O ciclista natural de Couço é bastante completo, mas a luta contrarrelógio parece ser a sua principal especialidade. A armada lusa da Burgos BH contempla também Ricardo Vilela. O melhor que o bragantino já fez foi um sexto lugar em 2014. Destaques para o Jesus Ezquerra que ao serviço do Sporting/Tavira venceu a etapa em Arruda dos Vinhos em 2016. Willie Smit pode ser a aposta para as chegadas ao sprint e Diego Rubio ( 8º no campeonato nacional espanhol ) uma seta apontada para as etapas com final com alguma dificuldade e onde é preciso muita explosão. Angel Madrazo será o trepador da equipa espanhola. O ano passado venceu a etapa mais importante da sua carreira: a etapa 5 da Vuelta a Espanha com final no Observatório Astrófisico de Javalambre.  

Caja Rural – RGA Seguros (Espanha)

Outra das formações Pro Teams que nos tem visitado nos últimos anos é a Caja Rural – RGA Seguros. Desta vez a formação espanhola deixa de fora alguma das suas principais figuras e chega à Volta a Portugal com uma equipa bastante jovem. O venezuelano Orluis Aular e os espanhol Jon Irisarri e David Gonzalez são os sprinters da equipa. Oier Lazkano pode entrar na luta pela camisola da juventude. Para as duras etapas da Senhora da Graça e Torre é provável que o melhor ciclista da Caja Rural – RGA Seguros seja Cristian Rodriguez. Héctor Sainz irá tentar repetir a vitória do ano em Bragança?

Nippo Delko Provence (França)


A equipa comandada por José Azevedo marca presença na prova portuguesa, mas deixa de fora o ciclista português José Gonçalves. Nas chegadas ao sprint é provável ver os homens da equipa francesa a lutar pelos primeiros lugares. Em finais rápidos destaque-se Riccardo Minali  e Alessandro Fedelli que venceu recentemente uma etapa no Tour du Limousin à frente de Rui Costa. Para atacar a geral individual, José Azevedo deve apontar os veteranos Delio Fernandez e Mauro Finetto. Fernandez , ao serviço OFM Quinta da Lixa, em 2014 já ficou no pódio da Volta a Portugal ao terminar na terceira posição. O espanhol José Manuel Díaz pode destacar-se nas etapas mais montanhosas.

Rally Cycling (USA)


Nos últimos anos os americanos da Rally Cycling já deram a conhecer jovens com muita qualidade para a modalidade. Destaque obvio ao super gregário Sepp Kuss da Team Jumbo Visma mas também a Brandon Mcnulty. Destaque obvio para Gavin Mannion que pode lutar pelo top 10 da geral individual. Em provas por etapas o americano de 29 anos parece ser muito regular e em 2018 venceu a Clássica do Colorado. O veterano Rob Britton pode ser uma ajuda preciosa para Mannion nas etapas com dificultades montanhosa. Nathan Brown pode ambicionar bons resultados no prólogo inicial mas também no contrarrelógio final em Lisboa. 

Team Arkea Samsic (França)


Os franceses não trazem as suas principais figuras uma vez que estiveram presentes no último Tour de France. A equipa está montada para um grande objetivo: levar o sprinter Daniel Mclay a vencer o maior número de vitórias em etapas. Se Mclay falhar o plano B recaiu no holandês Bram Welten que pode sprintar com os homens mais rápidos do pelotão. Matis Louvel pode ser uma boa surpresa nesta Volta a Portugal e a camisola branca de mellhor jovem pode ser um grande objetivo do jovem francês.

Atum General/ Tavira/ Maria Nova Hotel (Portugal)

A equipa de Vital Fitas apresenta-se nesta Volta a Portugal com um grande objetivo: levar Frederico Figueiredo aos lugares mais altos da geral individual.  Frederico Figueiredo acabou de vencer o GP Internacional Troféu Joaquim Agostinho, está aparentemente em boa forma para alcançar aquilo que nunca fez: um pódio. Sem azares ou lesões, Fred é um dos melhores trepadores do pelotão nacional e aos 29 anos não pode escapar mais uma oportunidade para brilhar na “Grandíssima”. Para apoiar Figueiredo nas etapas montanhosas os algarvios trazem o experiente Alejandro Marque, vencedor da Volta a Portugal de 2013 e também o português David Livramento. Cesar Martingil é o sprinter da equipa de Tavira e Alexander Grigoryev um ciclista completo que pode surpreender em chegadas exigentes e num grupo reduzido

Aviludo-Louletano (Portugal)


Os algarvios da Aviludo – Louletano apresentam novamente o espanhol Vicente Garcia de Mateos como a principal figura da equipa. De Mateos fez pódio nos campeonatos espanhois de estrada. Terminou na terceira posição e fez uma parte final de percurso com uma qualidade notável apenas superado pelos experientes Luis Leon Sanchez e Gorka Izaguirre. Por isso é de esperar que o ciclista às ordens de Jorge Piedade se apresente na Volta a Portugal motivado e em excelente forma física. Ciclista muito completo, pode dar cartas nas etapas montanhosas, mas também num sprint em grupos mais reduzidos. Nas últimas edições da Volta a Portugal tem sido um dos principais adversários dos homens da W52/FC Porto tendo alcançado o terceiro lugar da geral em 2017 e 2018.  Teoricamente o apoio a de Mateos virá do compatriota Jesus del Pino e do português Márcio Barbosa. Para as chegadas mais rápidas a Aviludo-Louletano apostará no sprinter João Matias e no russo Sergey Shilov que surpreendeu tudo e todos com o título de campeão russo de estrada e o segundo lugar na especialidade do contrarrelógio. 

Efapel (Portugal)


Tudo, tudo, tudo …. por Joni Brandão! É assim a Efapel nesta Volta a Portugal. Segundo classificado por três vezes, Joni Brandão tem falhado o lugar mais alto do pódio por muito pouco. Em 2019 a luta entre Brandão e João Rodrigues foi épica. À entrada para o contrarrelógio final ambos tinham o mesmo tempo. O final já todos sabemos: João Rodrigues venceu e Joni ficou mais uma vez na segunda posição. Não quer ser apelidado do “eterno segundo” por isso e como o CRI não é o seu forte, é de esperar um Joni Brandão ao ataque logo na segunda etapa na Senhora da Graça. A equipa da Efapel contratou um reforço de peso para auxiliar o ciclista de Travanca: António Carvalho. Com a saída do trepador da W52/FC Porto a equipa nortenha fica mais frágil ao mesmo tempo que Joni Brandão ganha um braço direito que nunca teve para o ajudar a vencer a Volta a Portugal. Os gregários de Joni Brandão são de luxo: Sérgio Paulinho, Tiago Machado, Cesar Fonte e Rafael Silva. O reforço Luís Mendonça, terceiro classificado do GP Internacional Joaquim Agostinho terá como missão intrometer-se na luta pelas etapas a terminar em sprint sobretudo com finais exigentes e com um pelotão mais reduzido.

Feirense (Portugal)


De Santa Maria da Feira vem uma equipa que pode ambicionar a conquistar a primeira camisola amarela da Volta a Portugal com Rafael Reis. O setubalense é um dos principais candidatos a vencer o prólogo inicial em Fafe. A restante equipa é muito jovem e com pouca experiência pelo que os objetivos para as restantes etapas poderá passar pelas fugas que garantem “publicidade “aos homens comandados por Joaquim Andrade. Oscar Pelegri é o sprint da equipa e o top 10 numa etapa já seria um resultado razoável.

Kelly/InOutBuild/ UD Oliveirense


De Oliveira de Azeméis chega uma formação que mistura a experiência dos reforços como Henrique Casemiro e Luís Gomes com a juventude e “rebeldia “de Rafael Lourenço, Venceslau Fernandes, Fábio Costa, José Pedro Lopes e Pedro Miguel Lopes. Luís Gomes venceu a camisola da montanha na edição 2019 e este ano pode ter como objetivo chegar a um ambicionado top 10 na geral individual. O trepador natural de Vila Nova de Gaia foi 4º classificado nos nacionais e esteve em muito bom plano no último GP Internacional Troféu Joaquim Agostinho ao terminar no segundo lugar da competição. O alentejano Henrique Casemiro tem uma longa experiência na Volta a Portugal. É um trepador de excelência que já por diversas vezes terminou no top 10 da geral. Numa equipa tão jovem, Casemiro aparece também como o capitão da estrada, a referência e a voz de comando dos homens liderados por Manuel Correia. Pedro Miguel Lopes pode ser uma boa aposta para a camisola branca ficar no museu da UD Oliveirense.

LA Aluminios/LA Sport (Portugal)


Mais uma formação totalmente portuguesa e muito jovem onde o grande objetivo deverá ser levar o trepador Emanuel Duarte a lutar por um top 10 da geral individual. Com a experiência de Bruno Silva, os restantes elementos têm como ambição entrar nas diversas fugas do dia para tentar alcançar a desejada vitória em etapa.

Miranda-Mortágua (Portugal)


O reforço da equipa de Mortágua Joaquim Silva será o líder e o ciclista melhor posicionamento para finalmente conseguir um lugar de destaque na Volta a Portugal. Terá como principal aliado o veterano trepador Hugo Sancho. Para as etapas mais rápidas o Miranda- Mortágua lançará para a frente o sprinter Daniel Freitas.

Rádio Popular Boavista (Portugal)


Depois da excelente Volta a Portugal de 2019 onde venceu a camisola da montanha com Luís Gomes e duas etapas, que surpresa traz o Professor José Santos para esta Volta a Portugal? João Benta é o nome para lutar pela geral individual e toda a equipa parece montada para ajudar o ciclista de Esposende. Uma dúzia de bons trepadores onde se destaca naturalmente Daniel Silva e Luís Fernandes. A qualidade a trepar é tanta que a camisola da montanha, juntamente com a geral para João Benta, serão os principais objetivos da equipa boavisteira. Atenção ao jovem Gonçalo Carvalho para a camisola branca da juventude.

W52-FC Porto (Portugal)


É a principal e melhor equipa portuguesa nos últimos anos. É também o alvo a abater pelas restantes formações que se apresentam nesta Volta a Portugal. Nas últimas 7 edições (incluindo a OFM Quinta da Lixa) a estrutura nortenha venceu a Volta a Portugal e está pronta para alcançar o oitavo título. João Rodrigues é o campeão venceu em 2019 e deverá ser no algarvio que a equipa liderada por Nuno Ribeiro irá apostar. Gustavo Veloso, Ricardo Mestre e Rui Vinhas são os gregários de luxo (ambos já sabem o que é vencer a Volta a Portugal) e Amaro Antunes que regressou à equipa o plano B se João Rodrigues falhar por algum motivo. Mesmo com a saída de António Carvalho para a rival Efapel, a estrutura da W52-FC Porto não perde qualidade e tal como nos anos anteriores é provável ver vários ciclistas vestidos de azul e branco no top 10 da Volta a Portugal. Nas chegadas mais rápidas a aposta será no alentejano Daniel Mestre.

 Equipa Portugal


A equipa Portugal será uma formação maioritariamente sub-23 onde se destaca naturalmente o elite André Carvalho ciclista da Hagens Berman Axeon. A restante formação tem na Volta a Portugal uma excelente oportunidade para ganhar experiencia e ritmo de competição numa volta com 9 dias de competição.

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Percurso e Livro Oficialaqui

Starlist aqui

Hastag : #VoltaPortugal ; #VoltaaPortugal; Volta2020

Transmissão TV : RTP 1

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Transmissão Rádio : Rádio Horizonte

Volta a Portugal-Edição Especial 2020

Para acompanhar online aqui: https://radioonline.com.pt/horizonte-tavira/

Com: Teixeira Correia, Fernando Gregório, José Soares e Ademar Dias (Estúdio)

** Plano de Transmissão **

Dia 27 (Domingo)- 12,00(*)- 14,00- 15,00- 16,00- 17,00- 17,20 (últimos corredores Prólogo) até final da etapa.

Dia 28 (2ª feira)- 12,00(*)- 13,00- 14,00- 15,00- 16,00- 17,00- 17,15 (últimos 5 kms) até final da etapa.

Dia 29 (3ª feira)- 12,00(*)- 13,00- 14,00- 15,00- 16,00- 17,00- 17,15 (últimos 5 kms) até final da etapa.

Dia 30 (4ª feira)- 12,00(*)- 13,00- 14,00- 15,00- 16,00- 17,00- 17,20 (últimos 5 kms) até final da etapa.

Dia 01 (5ª feira)- 12,00(*)- 13,00- 14,00- 15,00- 16,00- 16,45- 17,05 (últimos 5 kms) até final da etapa.

Dia 02 (6ª feira)- 12,00(*)- 13,00- 14,00- 15,00- 16,00- 17,15 (últimos 5 kms) até final da etapa.

Dia 03 (Sábado)- 12,00(*)- 13,00- 14,00- 14,30- 15,00- 16,00- 17, 00- 17,25 (últimos 5 kms) até final da etapa.

Dia 04 (Domingo)- 12,00(*)- 13,00- 14,00- 15,00- 16,00- 16,45- 17,20 (últimos 5 kms) até final da etapa.

Dia 05 (2ª feira)- 12,00(*)- 13,00- 14,00- 15,00- 16,00- 17,00 (últimos corredores do CRI) até final da etapa.

(*) No final do noticiário +++++ (CRI)- Contrarrelógio Individual

** DIÁRIO DA VOLTA – 20h00 * repetição às 21h00 * *

** Novas repetições – 07h00, 08h00 e 09h00 do dia seguinte * *

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Boas pedaladas!

AT


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