segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Volta ao Algarve: etapa 5


Michal Kwiatkowski venceu a etapa 5 e a geral individual
Foto: João Fonseca
Afinal havia outra ….” Não , não estamos a falar da musica da cantora Mónica Sintra 😊.
Falamos de “havia outra” história para contar diferente daquela que estava prevista escrever no final da 5ª e ultima etapa da 44ª edição da Volta ao Algarve.
Uma etapa de loucos e uma troca de camisola amarela inesperada no final dos últimos 175km da Algarvia.
A jornada tornou-se épica logo no inicio da etapa quando um grupo de 31 ciclistas consegue destacar-se. Um pelotão em fuga perseguido por outro pelotão. Mas este primeiro pelotão , aquele que se pôs em fuga tinha uma particularidade importante. Não era mais uma fuga, desta vez numerosa. Era a fuga que depressa levava 5 minutos de avanço onde estava o 2º classificado da geral individual, o polaco Michal Kwiatkowski da Team Sky. Ou seja, a ameaça à camisola amarela de Geraint Thomas, vestida na chegada ao Alto da Foia onde ganhou o seu colega Kwiatkowski, vinha dentro da sua própria equipa. E pelo mesmo nome : Kwiatkowski.
Da fuga outros nomes interessantes: Phillippe Gilbert e Zdenek Stybar da Quick Step – Floors, o português e campeão nacional Ruben Guerreiro a correr pela Trek-Segafredo; Stefan Kung da BMC e Serge Pauwels da Dimension Data .
Depois de ultrapassados pela primeira vez os 3km da subida ao alto do Malhão, uma coisa era quase certa: pela primeira vez na volta ao Algarve 2018 uma fuga iria vingar. Restava uma duvida: Kwiatkowski roubaria a liderança a Geraint Thomas?
Na última contagem de montanha do dia antes da meta no Malhão, a curta mas difícil passagem por Vermelhos, destacaram-se Stybar e Lucas Postlberger da Bora-hansgrohe. O austríaco não teve pernas para o ex campeão do mundo de cyclocross e Stybar entrou sozinho nos derradeiros 3km finais. Cá atrás no grupo que o perseguia depressa se destacaram os 3 elementos mais dotados para este tipo de chegada: Serge Pauwels, Ruben Guerreiro e Michal Kwiatkwoski. O polaco acelerou , passou pelo checo Stybar e só já parou no risco depois da meta erguendo os braços a festejar a vitória na etapa e a sua segunda conquista na prova algarvia . Numa subida bastante razoável chegou em segundo lugar Ruben Guerreiro à frente de Serge Pauwels. Na 24ª posição chegou Geraint Thomas a 1m50s perdendo assim a camisola amarela para o seu colega de equipa.
 
Ruben Guerreiro: 2ª classificado da etapa 5
 
Chegou assim ao fim a 44ª edição da Volta ao Algarve em bicicleta, sem grandes surpresas. A maior foi mesmo esta mudança de liderança na ultima etapa.
Das 5 etapas apenas duas equipas ganharam: Lotto Jumbo por duas vezes com Dylan Groenewegen e a Team Sky com o bis de Kwiatkwoski nas chegadas em alto e com a vitoria de Geraint Thomas no contrarrelógio individual.
A Team Sky ganhou a geral individual com o polaco, que ganhou também a camisola vermelha dos pontos. A equipa britânica leva também o trofeu da geral por equipas.
O jovem Sam Oomen da Team Sunweb venceu a camisola da juventude enquanto o americano Benjamin King é o melhor trepador da prova.
O melhor português foi Nelson Oliveira na 10ª posição da geral individual.
Que venha a 45ª edição da Algarvia !!
Classificação etapa 5:
 
 
 
Classificação Geral Individual:
 


sábado, 17 de fevereiro de 2018

Volta ao Algarve: etapa 4

Groenewegen vence etapa 4
Foto: João Calado & João Fonseca
A etapa mais longa da 44ª edição da Volta ao Algarve foi ganha por um repetente. É o sprinter em melhor forma neste pelotão. Os 199km que ligaram Almodôvar a Tavira foram percorridos em primeiro lugar por Dylan Groenewegen da Lotto Jumbo.
O holandês comprovou assim o favoritismo em ganhar as 2 etapas que presumivelmente seriam discutidas ao sprint.
Em relação à etapa propriamente dita, Benjamin King ao entrar na fuga de 6 elementos e ao ganhar os prémios de montanha reforçou a sua liderança como melhor trepador. À fuga inicial  juntou-se um novo grupo de 4 ciclistas entre os quais Gilbert ( Quick Step-Floors )  e Dylan Teuns (BMC) . O pelotão acelerou e a fuga acabou a 10km de Tavira.
Num sprint irrepreensível Dylan Groenewegen é o primeiro a cortar a meta seguido de Matteo Pelucchi da Bora-hansgrohe e de Jonh Degenkolb da Trek-Segrafredo.
O melhor português foi Samuel Caldeira da W52/FC Porto ao terminar na 14ª posição.
Geraint Thomas continua de amarelo com 19 segundos do seu colega de equipa, o polaco Michal Kwiatkowski da Team Sky. Nelson Oliveira é terceiro a 32s da liderança.
 
Classificação da etapa:  
Amanhã os 173,5km de Faro ao Alto do Malhão (dupla passagem ) deverão consagrar o britânico Geraint Thomas como vencedor da Volta ao Algarve tornando-se tricampeão da Algarvia.
Etapa5 : Faro-Malhão
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Boa Volta ao Algarve 2018
AT

 

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Volta ao Algarve : etapa 3


Geraint Thomas ganhou a etapa e reforça a liderança
Foto: João Calado & João Fonseca

Em Lagoa no contrarrelógio individual , Geraint Thomas deu um passo de gigante para ganhar a sua terceira Volta ao Algarve e igualar o recordista de vitórias, Belmiro Silva.

Se nada de anormal acontecer e ainda faltam 2 etapas, Thomas leva para casa a sua terceira vitória na prova algarvia. A etapa de amanhã deverá ser discutida em pelotão compacto ou pelo menos sem diferenças entre os favoritos e a etapa 5 com o final no Alto do Malhão tradicionalmente não faz grandes diferenças.

À partida não seria o principal  favorito a ganhar a etapa de hoje, mas Thomas colocou a máquina a rolar e levou a melhor sobre o campeão europeu Victor Campenaerts da Lotto Soudal , sobre o especialista Stefan Kung e sobre o seu companheiro de equipa Kwiatkowski.

Geraint Thomas tem agora 22 segundos de vantagem para o polaco.

O melhor português foi naturalmente Nelson Oliveira da Movistar. Foi 5º na etapa e subiu a 3º na geral individual a 32 segundos do primeiro lugar.
Pódio em Lagoa
Foto: João Fonseca & João Calado
Classificação etapa 5 :
 

Classificação Geral
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Amanhã a ligação entre Almodôvar e Tavira é a mais longa da prova com 199,2 km e deverá ser discutida ao sprint.  

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AT

 

Rui Costa : uma constipação tratada com antibiótico.

Um dos grandes problemas da saúde pública mundial é, como quase todos já ouviram falar, a resistência microbiana. Mais coisa menos coisa é isto: pelo uso excessivo dos antibióticos, as bactérias vão criando resistência e sobrevivem. Há quem diga que a luta está perdida para as bactérias.
Mas não vamos falar muito sobre microbiologia. Falamos do Rui Costa.
Ao que consta, pelo próprio, e depois de fazer um bom segundo lugar no Tour Oman atrás do super Avermat, esteve doente a tomar antibiótico durante uma semana! É normal. Quando a doença atinge um determinado nível de gravidade temos mesmo de tomar antibióticos.




Facebook de Rui Costa

O estranho surge quando o ciclista, através da assessoria de impressa da equipa, afirma que a doença é uma …..uma constipação ! Sim uma constipação curada com antibiótico. Ok, vamos admitir que afinal a constipação, pelos sintomas, está a ser confundida com uma gripe! O quê ? Uma gripe curada com antibiótico? Mas os antibióticos “matam” bactérias e as gripes são causadas por vírus. Qualquer coisa aqui não bate certo.
Jornal ABola, declaração de RCosta via assessoria da equipa
 
Ninguém duvida que Rui Costa esteve ou está doente! Ninguém duvida que tomou um antibiótico. Mas se juntarmos as peças e para todos os efeitos: o Rui Costa esteve com uma constipação que foi tratada com antibióticos.


Ou é mais uma falha de comunicação do ciclista português?
 
Boas pedaladas, AT

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Volta ao Algarve 2018: etapa 2

Etapa 2: Sagres- Alto da Foia


A ligação de Sagres ao ponto mais alto do Algarve , o Alto da Foia , fica marcado, como era de esperar pelo assumir de responsabilidades dos homens que vieram à Algarvia para lutar pelos primeiros lugares.

Foram 188km, 5 contagens de montanha, 2 metas volantes, 1 fuga de  7 elementos , a vitória de Michal Kwiatkowski e a amarela para Geraint Thomas.

A fuga composta por Lukas Pöstlberger (Bora-hansgrohe), Yves Lampaert (Quick-Step Floors), Benjamin King (Team Dimension Data), John Degenkolb (Trek-Segafredo), Marcos Jurado (Efapel), Oscar Pelegri (Rádio Popular-Boavista), Ricardo Mestre (W52-FC Porto) marcou a corrida até 9km da meta. Benjamin King passou sempre na frente nas quatro primeiras montanhas do dia e ficou de azul vestido. Mas o ritmo da Team Sky na passagem por Monchique, zona da subida final com maiores percentagens de inclinação, não deu grandes hipóteses. Kiryienka impôs um ritmo forte fazendo a seleção. Mas quando falamos de seleção numa subida como a Foia (via Portimão ) estamos a falar de um conjunto de 15 a 20 ciclistas. Foi o que aconteceu. E numa subida feita em “ pedaleira grande “ o polaco da Team Sky sente-se como peixe na água. Michal Kwiatkowski sobe bem , é inteligente e é rápido em sprint’s seletivos.

Ultimo na foto, primeiro na meta: Kwiatkowski
 

A 150metros da meta, arrancou e ergeu os braços nos 1000 metros de altitude do Alto da Foia.

O holandês Bauke Mollema da Trek Segafredo termina em segundo e Geraint Thomas (Team Sky ) fecha o pódio. Fechou o pódio,  mas o britânico abriu para si a liderança da prova algarvia.

Um super dia para a Team Sky: levou a etapa e a camisola vermelha dos pontos com Kwiatkowski e leva a camisola amarela com Geraint Thomas.

Geraint Thomas camisola amarela no final da Etapa 2
Joaquim Silva da Caja Rural termina em 16º e é o melhor português no final da 2ª etapa da Volta ao Algarve.

 

 Geral Individual:
 
Na 3ª etapa da Algarvia corre-se o contrarrelógio individual. Começa e termina em Lagoa num total de 20,3km. Muitos são os nomes ainda na luta pelos primeiros lugares. Naturalmente os 2 homens da Team Sky , mas também Bob Jungels da Quick-Step Floors , Richie Porte e Tejay Van Garderen da BMC , Simon Spilak da Katusha ou até Nelson Oliveira da Movistar.
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AT

 

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Volta ao Algarve 2018 : etapa 1



Dylan Groenewegen: vencedor da etapa 1 e primeiro camisola amarela
Foto: www.gelderlander.nl

Arrancou a 44ª edição da Volta ao Algarve em bicicleta.
A 1ª etapa ligou a cidade de Albufeira a Lagos no total de 192,6km. Dylan Groenewegen da Lotto Jumbo é o primeiro camisola amarela vencendo ao sprint. Situação normal dado o poderio do corredor holandês no que diz respeito às etapas que terminam de forma mais rápida.
Normal foi também a fuga do dia. Sabendo das poucas hipóteses para brilhar no final das etapas, as equipas portuguesas foram, e bem , para a frente do corrida logo no seu inicio.
Foram 4 , acompanhados pelo espanhol Josu Zabala da Caja Rural :
Nuno Almeida (LAA)
David Livramento (STA)
Luís Afonso (Vito-Feirense)
João Rodrigues (W52)
O homem da W52 FC Porto, João Rodrigues venceu as 2 contagens de montanha do dia. Uma de 4ª categoria e outra de 3ª. Acaba o dia com a camisola azul vestida com o premio de subir ao pódio.
A 28km de Lagos , Luis Afonso da Vito-Feirense e Josu Zabala ainda fizeram um” forcing”  para escapar ao pelotão mas sem sucesso.
Alcançada a fuga a 15km do fim da etapa foi a vez de Tony Martin da Team Katusha – Alpecin tentar. Também o fez o seu colega José Gonçalves em conjunto com o belga Tom Devriendt da Wanty -Groupe Gobert. Não conseguiram mais de 10km isolados.  A Lotto Jumbo e a FDJ não deram quaisquer hipóteses e a 4km de Lagos o pelotão rolava compacto e a grande velocidade.
O sprint, numa avenida larga e bastante longa, decorreu de forma “ normal” . Dylan Groenewegen ( Lotto Jumbo ) e Arnaud Demare (FDJ) são os homens deste pelotão mais fortes neste tipo de chegadas e foram 1º e 2º , respetivamente. A finalizar o pódio esteve o francês Hugo Hofstetter da equipa Cofidis.
Os primeiros lideres da prova:
Geral e Pontos: Groenewegen; Juventude: Oomen; Montanha: Rodrigues
Foto:  https://www.facebook.com/VoltaAlgarveOfficial/
 
Luís Mendonça da Aviludo-Louletano foi o melhor português e o melhor entre as equipas portuguesas a terminar em 10º lugar.

O azarado do dia foi Tiago Machado. Caiu a 10km da meta com uma forte queda onde embate com a cabeça no chão . Chegou com 7 minutos de atraso estando a causa a permanência do corredor da Katusha na partida de amanha em Sagres. Mas já sabemos do que é feito o Tiago : de muita fibra !
Classificação Etapa 1:



Amanhã a ligação entre Sagres e o Alto da Foia em Monchique promete revolucionar a classificação geral dando uma ideia de quem veio à Algarvia para disputar a classificação geral.
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O Aguadeiro Trepador irá fazer diretos do inicio da 2ª etapa em Sagres e no final no Alto da Foia e também no final da etapa 5 no alto do Malhão em:
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Boa Volta ao Algarve 2018

AT

domingo, 4 de fevereiro de 2018

2018 UCI Cyclo-cross World Championships – Valkenburg-Limburg (NED)


Já vão a meio os campeonatos do mundo de cyclocross. Ontem a prova de elites feminina foi ganha pela belga Sanne Cant que revalidou o titulo ganho em 2017 . Hoje são os homens . Partida dada às 14 na pista de Valkenburg-Limburg na Holanda.

Estes campeonatos do mundo, no que diz respeito às elites masculinas , serão disputados com um super favorito na primeira linha da partida. A correr no seu pais Mathieu Van der Poel , depois da classe e performance demonstrada durante a época , não só é o principal candidato a vencer , como também é o principal alvo a abater. Diga-se de passagem que se nada de anormal se passar o holandês deverá fazer aquilo que tem feito ao longo de toda a época : vencer . Com a taça do mundo no bolso, o campeonato da europa também , com o trofeu DVV Verzekeringen quase decidido a seu favor  e o Superprestige ainda por decidir, Van der Poel tem as baterias voltadas para os campeonatos do mundo, prova  que já venceu em 2015.

Em 2017 furou 4 vezes e mesmo assim terminou em 2º com o belga Wout Van Aert a terminar na primeira posição e a tornar-se bi campeão do mundo. Van Aert parece ser mesmo o único a fazer frente ao neto de Raymond Poulidor. Sim esse mesmo , o eterno “ segundo “ do Tour de France.

A qualidade está nos genes de Mathieu Van der Poel .

 


Transmissão em direto no Eurosport 2 pelas 14h00

Transmissão em direto aqui no Aguadeiro Trepador :


 

Guia cyclocross AT: http://aguadeirotrepador.blogspot.pt/2017/09/cyclocross-20172018.html