quarta-feira, 25 de julho de 2018

Etapa 17 - Bagnères-de-Luchon › Saint-Lary-Soulan




Nairo Quintana vence a etapa 17
 
A etapa 17 deste Tour de France apareceu como a grande novidade da corrida. É certo que para isso muito contribuiu o mediatismo que a organização aplicou nos meios de comunicação social. A primeira grande novidade parecia ser a quilometragem. Há muito tempo que o Tour de France não tinha uma etapa de apenas 65km. Depois, a outra novidade foi o Col de Portet. Nunca uma competição de ciclismo de estrada tinha chegada aos seus 2200m de altitude. O Col de Portet é a continuação da subida à estação de ski de Pla d´Adet e nunca tinha sido feita porque os seus últimos 8km não eram asfaltados. A dúvida permaneceu quase até ao início da competição. Apenas no dia 8 de julho já com o Tour a decorrer ficamos com a certeza que o piso era de alcatrão e assim o Col de Portet não seria o Colle delle Finestre francês. Por fim a novidade da partida! Uma partida inovadora, segunda a ASO! E com razão os líderes das equipas pedalaram 50 metros sem os seus gregários por perto! (risos) Uma novidade, é certo! Mas também uma grande parvoíce.  Esta ideia de fazer de uma partida de ciclismo uma grelha de Moto GP ou Formula 1 ultrapassa os mínimos! É só patético. Se há coisas certas na vida, como por exemplo, o Wout Poels beber coca-cola e recuperar do atraso para ainda liderar o grupo dos favoritos por largos km, como se viu hoje na ascensão ao Col de Portet , também é certo que nunca mais vamos assistir a esta patetice da grelha. Se aquele sprint bonificado apenas para a geral na primeira semana de competição já tinha sido mau, esta de separar os primeiros classificados dos restantes ultrapassou tudo. Vá, também não podemos ser tão maus. Houve 3 crianças que acreditaram que Thomas e Froome não iam ter o apoio de Bernal, Kwia e Poels. Essas 3 crianças fizeram bem em acreditar, porque além destes 3 gregários de luxo, Poels teve o episódio do “descola…bebe coca-cola e cola para liderar o grupo “, Bernal deu show na subida final e fez de Froome versão 2012 a esperar por Wiggins , os dois lideres da Team Sky também tiveram o apoio da restante equipa: Castroviejo e Rowe. Ou seja, tudo normal! A partida não deu em rigorosamente nada! Como era obvio e todos sabiam disso!
Um prova de ciclismo com uma grelha de partida! Bravo ASO
 

Mas falemos do dia de competição. Não foi a melhor etapa desta edição do Tour. Esse lugar está reservado até agora à jornada que acabou em Alpe d’ Huez. Mas foi uma boa etapa. Apesar dos ataques mais importantes, sobretudo Nairo Quintana ( Movistar Team), Daniel Martin ( UAE Team Emirates) e dos homens da Team Lotto-Jumbo, Kruijswijk e Roglic terem acontecido apenas na montanha final, toda a etapa foi animada. Logo no inicio um grupo de escapados bastante numeroso com Valverde ( Movistar Team ) que ainda deu uma ajuda a Nairo Quintana ( até que enfim que lançar Valverde para a frente da corrida trouxe alguns benefícios à equipa de Unzué), Tanel Kangert ( Astana Team ) que liderou a corrida durante 59km sendo alcançado já na parte final e também Julian Alaphilippe ( Quick-Step Floors) que pontuou nas passagens pelo Montée de Peyragudes e no Col de Val Louron Azet e vai chegar de bolinhas vermelhas aos Campos Elísios no próximo domingo.

Foram todos apanhados por Nairo Quintana que fez aquilo que já não fazia há bastante tempo. Um ataque vitorioso. Quintana não ganhava no Tour desde 2013! Esta vitória minimiza um Tour no limiar do “Mau “por parte dos espanhois da Movistar Team. Ganhar a classificação por equipa sabe a pouco para uma equipa recheada de nomes importante e valiosos no ciclismo atual.  

Esta subida ao Col de Portet é terrível. Será por ventura uma das mais difíceis subidas, a par talvez do Mont Ventoux , percorridas no Tour de France. Vai aparecer mais vezes. Daqui a anos podemos dizer que foi no Col de Portet que vimos Chris Froome ficar para trás com a necessidade de ser ajudado pelo elemento mais novo da sua equipa: Egan Bernal. Foi também aqui, no Col de Portet que Froome desperdiçou, aparentemente, a primeira oportunidade de se juntar ao clube das 4 lendas do ciclismo e ganhar 5 Tour´s de France. Se assim for, Froome “perde “bem! A estrada decidiu em vez de Portal. Geraint Thomas está numa superforma, é de longe o ciclista mais forte desta edição 105 da Grande Boucle. O Col de Portet estendeu-lhe a passadeira amarela para subir ao pódio em Paris. Ele que nunca tinha terminado num top 10 de uma grande prova.
 
Geraint Thomas terminou em 3º a etapa 17
 
Nota: Peter Sagan caiu na descida do Col de Val Louron Azet, ele que imagine-se, fez a subida com o grupo dos favoritos numa altura em que Pierre Latour (Ag2R) imprimia um ritmo elevado. Terminou a etapa. Aparentemente vai continuar…Uff !

Etapa 17 – Top 10

1. Nairo Quintana (Col) Movistar, in 2h21m27s
2. Daniel Martin (Irl) UAE Team Emirates, at 28 secs
3. Geraint Thomas (GBr) Team Sky, at 47 secs
4. Primoz Roglic (Slo) LottoNL-Jumbo, at 52 secs
5. Tom Dumoulin (Ned) Team Sunweb, at same time
6. Steven Kruijswijk (Ned) LottoNL-Jumbo, at 1-05
7. Egan Bernal (Col) Team Sky, at 1-33
8. Chris Froome (GBr) Team Sky, at 1-35
9. Mikel Landa (Esp) Movistar, at same time
10. Ilnur Zakarin (Rus) Katusha-Alpecin, at 2-01

Geral Individual:

1. Geraint Thomas (GBr) Team Sky, in 70h34m11s
2. Tom Dumoulin (Ned) Team Sunweb, at 1-59
3. Chris Froome (GBr) Team Sky, at 2-31
4. Primoz Roglic (Slo) LottoNL-Jumbo, at 2-47
5. Nairo Quintana (Col) Movistar, at 3-30
6. Steven Kruijswijk (Ned) LottoNL-Jumbo, at 4-19
7. Mikel Landa (Esp) Movistar, at 4-34
8. Romain Bardet (Fra) Ag2r La Mondiale, at 5-13
9. Daniel Martin (Irl) UAE Team Emirates, at 6-33
10. Jakob Fuglsang (Den) Astana , at 9-31

 
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