105ª edição do Tour de France.
Começa no próximo sábado e prolonga-se
até dia 29 de julho a 105ª edição do Tour de France 2018. Ao contrário do que
tem sido habitual a edição deste ano é percorrida quase na totalidade dentro do
território gaulês. Há apenas uma pequena incursão em território espanhol na etapa
com final em Bagnere de Luchon.
O Tour de 2018 traz algumas novidades.
Era fundamental isso acontecer. O Tour de France é a prova ciclística mais
importante do mundo e nos últimos anos tem perdido algum do seu esplendor para
os rivais Giro e Vuelta. A razão: o espetáculo. Sejamos honestos! As últimas edições
da Grande Boucle tem sido “uma seca “. Etapas monótonas, vencedores previsíveis
e algumas polémicas que nada beneficiam a prova número 1 do calendário velocipédico.
O Tour de France não pode renunciar a sua essência, os Alpes e os Pirenéus têm
de marcar presença, o Tourmalet tem de ser conquistado, mas a ASO tinha
obrigatoriamente de fazer alguma coisa para renovar e manter a prova com o
dorsal 1 das grandes competições de 3 semanas. A fasquia para o Tour 2018 está bastante alta.
Uma Vuelta 2017 muito animada e um Giro 2018 que foi provavelmente a melhor
grande volta dos últimos anos são concorrentes de luxo.
Deste logo a variedade de
percurso. Há etapas para sprinters puros, mas também há uma primeira semana que
parece sair do mês de abril da região das Ardenas. Há um mini Paris-Roubaix também
na etapa 9 onde mais do que ganhar se pode perder o Tour. Depois temos a opção de
etapas curtas que se querem explosivas e propicias ao espetáculo e emoção. Nos
Alpes a etapa 11 terá apenas 108km e nos Pirenéus a novidade está na etapa 17
com os seus 65km. Será uma etapa em sprint, mas de alta montanha. O facto de o
pelotão estar reduzido a 8 elementos por equipa também poderá trazer alguma
imprevisibilidade à competição, na medida em que se supõe que as etapas serão
mais difíceis de controlar. Cabe agora aos grandes protagonistas mostrarem que também
em França é para andar rápido e bonito. Os adeptos só querem uma coisa: espetáculo.
Outra novidade é a inclusão nos 9
primeiros dias de um bónus de 3, 2 e 1s para os primeiros ciclistas. Estes sprints
estarão colocados entre os 10 e os 30km para a meta e não contarão para as
contas da camisola verde. Na meta, com a exceção das etapas de contrarrelógio,
haverá a bonificação tradicional de 10, 6 e 4s.
Há neste Tour
outro tema incontornável. A presença de Chris Froome!
O britânico
acusou níveis de salbutamol superiores ao permitido na Vuelta 2017. Nunca foi
suspenso! Nem tinha que ser! O caso foi para a justiça desportiva. A ASO, organizadora do Tour de France, tem
ameaçado não deixar competir o homem da Team Sky. A razão é só uma. Froome pode
denegrir a imagem e a reputação da prova. Já abordamos o tema aqui não querendo
fazer por isso grandes comentários.
Uma coisa é certa:
Froome , perante a justiça desportiva é inocente. Não sabemos se o é para a
justiça popular. De qualquer das formas tenham juízo e não façam nenhuma asneira
à beira da estrada! Ou em francês do google tradutor: “soyez prudent et ne vous méprenez pas au bord de la route"
As Etapas.
Serão 21 etapas num total de 3351km
distribuídos da seguinte forma:
- 8 etapas planas;
- 5 etapas acidentadas “rompe
pernas” – incluindo uma etapa de Pavê : Roubaix.
- 6 etapas de montanha com 3
chegadas em alto: La Rosière, Alpe d´Huez e Col de Portet
- 1 contrarrelógio por equipas;
- 1 contrarrelógio individual
O percurso do Tour 2018 |
Ver percurso completo aqui.
Os destaques são óbvios: os contrarrelógios, as etapas montanhosas, destaque para a explosiva etapa 17 com apenas 65km, a etapa a terminar em Roubaix e mais um ou 2 apontamentos. Vejamos.
A primeira semana de competição,
além das típicas jornadas para sprinters, terá alguns momentos interessantes e
que poderão influenciar de alguma forma as contas deste Tour de France:
Etapa 3 – 09/7/2018 – Cholet – Cholet (35,5km) : contrarrelógio por
equipas
É o primeiro grande teste. São
35,5km que irão mexer e muito na classificação geral. Daqui podem sair
beneficiados Richei Porte e os homens da Team Sky pois a BMC e a equipa
britânica são as favoritas a percorrer no menor tempo os 35,5km.
O percurso é muito técnico e nos
últimos km’s aparece a Côte de la Séguinière onde as diferenças entre as
equipas podem surgir. Há distância suficiente para as melhores equipas (Team
Sky, BMC ,Quick-Step Floors e Team Sunweb) conseguirem uma vantagem superior a
1 minuto para as restantes.
É um dia importante.
Etapa 6 – 12/7/2018 –
Brest – Mur de Bretagne (181km)
São 181km muito acidentados típicos
de uma clássica das Ardenas. Dupla passagem pelo Mur de Bretagne. A última
passagem coincide com a meta final. São 2km com 6,9% média. As primeiras rampas
são complicadas e atingem os dois dígitos. Em 2015 neste local ganhou o francês
Alexis Vuillermoz mas em 2018 é outro francês o grande favorito à vitória:
Julian Allaphillipe. Valverde, Avermaet , Sagan , Matthews e até Gilbert são os
principais adversários do francês da QSF.
Etapa 9 – 15/07/2018 – Arras – Roubaix (156,5km)
A tão esperada etapa do “Paris –
Roubaix”! No dia da final do campeonato do mundo de futebol o Tour de France tem um dos
dias mais importantes. Nesta etapa são percorridos 15 sectores de pavê típicos
do “Inferno do Norte”. Ok, não vamos ter o Trouée Arenberg nem o Carrefour de l´Arbre
e o Mons-on-Pévèle terá apenas 900m, mas teremos de certeza um grande espetáculo.
Em 2014 foi numa etapa idêntica, mas com menos sectores de pavê que Nibali
ganhou uma vantagem importante para a concorrência para vencer mais tarde o
Tour de France. Haverá duas lutas: a etapa e a geral. Na primeira o vencedor da
edição 2018 do Paris -Roubaix é o grande favorito: Peter Sagan. Terá a
concorrência de Avarmaet, Terpstra e de todos aqueles nomes que nos animam no
“fabuloso” mês de abril. Para a geral de novo Nibali e até Froome podem sair
favorecidos pois já demonstraram que se adaptam muito bem ao piso empedrado.
Richie Porte pode ter aqui um dos dias mais complicados.
Um olho no campeonato do mundo de futebol e outro
neste “mini” Paris-Roubaix no Tour de France.
Etapa 10 – 17/7/2018 – Annecy – Le Grand Bornand (158,5km)
Ao décimo dia de competição
surgem os Alpes e a primeira etapa de alta montanha com um final em descida a
terminar em Le Grand Bornand. Uma pergunta: quem foi o último ciclista a ganhar
em Le Grand Bornand no Tour de France? Sim, esse mesmo, Rui Costa em 2013.
São 5 contagens de montanha. O
Plateau des Giléres é de categoria especial, 6km a 11,2%, sendo que na sua
parte final os últimos 2km são em terra batida. Mas o destaque são os últimos
35km e a sucessão do Col de Romme (8,8km a 8,9%), onde Andy Schleck foi
primeiro em 2009, seguido do Col de la Colombière (7,5km a 8,5%). Aqui estamos
somente a 14km da meta e é sempre a descer.
Os ciclistas que correm para a
geral tem aqui o primeiro grande teste e devem ser eles a discutir esta
primeira etapa de alta montanha que não é decisiva, mas se os homens que saíram
do CREquipas na frente ganharem tempo nesta primeira abordagem montanhosa tem a
vida facilitada.
Etapa 11 – 18/7/2018 – Alberteville
- La Rosière (108,5km)
Uma curta com pouco mais de 100km
sendo a primeira chegada em alto. Nestes 108km há 4 contagens de montanha: 2 de
cat especial uma de segunda e o final em La Rosière que é contagem de primeira
categoria. A etapa 11 do Tour de France 2018 é replica da etapa 6 do Criterium
Dauphiné. Aí ganhou Pello Bilbao da Astana. La Rosière estreia-se como final na
Grande Boucle.
Espera-se uma etapa atacada desde
o inicio até porque a jornada começa logo ao km13 com a ascensão ao Montée de
Bisanne de cat HC (12,4km a 8,2%) , uma longa descida e a dupla Col du Pré (cat
HC 12,6km a 7,7 ) com o Cormet de Roseland ( cat 2ª 5,7km a 6,5%). Nova descida
de cerca de 20km e a subida final à estação de sky La Rosière (cat 1ª 17,6km a
5,8%). Não é um final difícil, aqui contará mais o acumulado de subida e o
ritmo imposto durante a etapa. Não há um único km plano nesta etapa que
percorre o coração dos Alpes e onde os candidatos à geral individual deverão
tomar conta da corrida logo desde o seu inicio na cidade olímpica de Albertville.
Etapa 12 – 19/07/2018 – Bourg Saint Maurice – Alpe D’ Huez (175km)
Da estação de ski de La Rosière o
pelotão ruma a outro local procurado pelos desportos de Inverno: o Alpe D Huez.
Sim de Inverno, mas não só. Quando a neve derrete o Alpe D’ Huez e as suas 21
curvas é um local mítico para quem gosta de ciclismo.
É a etapa rainha do Tour 2018.
São 175km, 3 contagens de montanha de cat HC e 1 de cat 2ª. Esta é a etapa dos
Alpes das subidas míticas, aquelas que fazem a história da prova e do próprio
ciclismo. Para quem está a ver de longe ou ao vivo será uma delicia apreciar as
paisagens do Col de La Madeleine ( cat HC 25km a 6,2% ) os especatulares Lacets
de Montvernier ( cat 2ª 3,4km a 8,2%) o indeterminável Col de la Croix de Fer (
29km a 5,2%) e a sua descida de 31km e por fim esse santuário do ciclismo
chamado Alpe D’ Huez ( cat HC a 13,8km a 8,1%).
Desde 2015 que uma etapa do Tour
não termina em Alpe D’ Huez. Nesse ano ganhou Tibhaut Pinot. Curiosamente os
últimos 3 vencedores foram todos franceses: Pinot: 2015, Riblon: 2013 e Pierre Roland:
2011. Será a vez de Warren Barguil ? Ou o jovem David Gaudu tem aqui a sua
estreia de sonho a ganhar no Tour de France? É bem provável que a vitoria
sorria a um nome de “segunda linha” e que lute pelos pontos na montanha. A
etapa é propicia a uma fuga de nomes de qualidade como: De Gendt, claro;
Barguil ; Majka , Calmejane , Gaudu , Latour; Daniel Navarro ou o colombiano
Atapuma.
Só pelas paisagens vale apena ver
esta etapa. Imperdível !
Etapa 14 – 21/07/2018 - Saint Paul Trois Chateaux – Mende (188km)
Depois dos Alpes, do dia de
descanso e de uma etapa plana, o terreno acidentado regressa a caminho dos
Pireneus. É a etapa 14 com final em Mende. Tal como as etapas da primeira
semana uma jornada típica para homens de clássicas do mês de março e abril. Os
últimos 50km são um sobe e desce e um rompe pernas. O final assente muito bem a
homens como Allaphillipe; Valverde e Daniel Martin. Apesar de curto o Cote de
la Croix Neuve com os seus 3km a 10,2% e a apenas a 1500m do final em Mende irá
decidir o vencedor da etapa.
Uma fuga, uma chegada em grupo
reduzido ou mesmo movimentações dos favoritos…tudo pode acontecer na etapa 14.
Etapa 17 – 25/07/2018 – Bagnères de Luchon – Saint Lary Soulan : Col de
Portet ( 65km)
É a etapa de que todos falam. Foi
apresentada pela organização como a grande novidade na edição 105ª do Tour de
France. A razão é uma: a quilometragem. São apenas 65km com mais de 3000m de
acumulado de subida, o que significa que serão 2horas corrida a subir muito e a
descer. Não a espaço para grandes táticas e calculismos. Quem quiser ganhar
tempo à concorrência é desde o km 0. A partida será um momento importante de
tal modo que a organização decidiu que esta será feita em grelha, tipo F1 ,
onde os primeiros da geral estarão nas primeiras posições. Curta e espera-se
explosiva. Aqui vão ser os principais candidatos à geral individual a tomar
conta da corrida e um deles vai vencer no estreante Col de Portet. Froome,
Quintana e Bardet são os favoritos a percorrer os 65km (33 são de subida) no
menor tempo possível. Será uma espécie de contrarrelógio, mas onde partem todos
ao mesmo tempo.
A etapa começa com a subida a Peyragudes
o que quer dizer que o fabuloso Col de Peyresourde está incluído. São 15% a
6,7% de inclinação. Segue-se o Col de
Val Louron – Azet e os seus 7,4km a 8,3%
com uma fase inicial muito dura sempre a volta dos 10%. A cereja em cima
do bolo é a ascensão ao Col de Portet. É a estreia no Tour de France que
normalmente fica-se por Pla Adet. O Col de Portet é terrivel. Cat HC com 16km
de extensão e 8,7% de inclinação média. Será o ponto mais alto do Tour 2018 com
os seus 2215m de altitude e por isso o “Souvenir Henri Desgrange” , prémio
atribuído ao primeiro ciclista a passar no ponto mais alto em competição.
Muito se tem falado do Col de Portet,
sobretudo do pavimento. As difíceis rampas à saída da vila de Vignec estão em
piso impecável. A dúvida aparecia sempre sobre os últimos 8km de subida. Muito
se especulou se o Col de Portet seria o Colle delle Finestre do Tour uma vez
que o pavimento era de gravilha. (ver aqui artigo sobre o colle delle
Finestre). Pois a resposta é não! O Col
de Portet não será o Colle delle Finestre. Os últimos 8km foram alcatroados e a
“inauguração” será no próximo dia 8 de julho. O Col de Portet tem tudo para se
tornar uma das mais terríveis subidas no Tour de France.
A ASO arriscou nesta etapa, as expectativas
serão muitos. Se terá êxito ou não só saberemos no dia 25/7 por volta 17h30m. A
batata quente está nas mãos das grandes figuras do ciclismo mundial.
Etapa 19 – 27/7/2018 - Lourdes – Laruns (200km)
É a despedida dos Pireneus e como
tal da montanha. Estamos a 3 dias do final em Paris. É a última oportunidade
para fazer diferenças na geral individual pelo que a jornada deverá ser controlada
pelos homens da frente. O cansaço acumulado nas jornadas anteriores pode trazer
dissabores a alguns dos pretendentes a estar nos lugares cimeiros.
Os 200km percorrem o conhecido
Col de Aspin (cat 1ª 12km a 6,5%), o colossal e mítico Col du Tourmalet (cat HC
17km a 7,3%) e a dupla Col des Borderes e Col d’ Aubisque ( cat HC 16,6km a 4,9%)
. De Aubisque até Lauruns será uma longa descida de 20km e por isso homens como
Nibali, Froome ou Bardet podem ser os grandes favoritos a vencer a última etapa
montanhosa no Tour de France 2018.
Etapa 20 – 28/7/2018 – Saint Pée sur Nivelle - Espelette – Crindividual
( 31km)
É o penúltimo dia de competição
antes da consagração final nos Champs-Élysées. O percurso deste CR não é plano
e a extensão de 31km pode fazer estragados e diferenças importantes se a
corrida chegar a este ponto muito equilibrada. Froome , Dumoulin e Roglic tem
aqui uma boa oportunidade para alargar vantagens ou recuperar tempo, enquanto
que Nibali, Bardet e Quintana um difícil muito complicado.
Quem sair de amarelo de Espelette
é o vencedor da edição 105ª do Tour de France.
Tour de France
2018 – O Pelotão.
Pela primeira vez deste 2008 que
Portugal não terá presença na maior e mais importante prova de ciclismo do
mundo. Rui Costa da UAE-Team Emirates é o grande ausente. Por lesão e indicação
médica falha o Tour depois de também não ter participado no ano de 2017. Tiago
Machado (Team Katusha) e Nelson Oliveira (Movistar Team) e a restante armada
lusa em equipas WT, por opção técnica, não foram selecionados.
Ver lista completa de inscritos:
aqui.
AG2R – La Mondiale
Os franceses da Ag2R apresentam-se
no Tour de France com 7 vitórias em 2018 e com uma equipa em redor de Romain
Bardet. O francês é a grande esperança de uma nação que não vê um compatriota
acabar de amarelo nos Champs-Elysées já lá vão 33 anos. A Bardet falta-lhe
apenas um lugar no pódio. O mais importante: o 1º. Foi segundo em 2016 e
terceiro classificado o ano passado. O francês tem nos 65,5 km de contrarrelógio
(por equipas e individual) o seu “calcanhar
de Aquiles”.
Mathias Frank que já terminou em
8º lugar em 2015, Pierre Latour, com uma temporada de 2018 de bom nível, Alexis
Vuillermoz e Axel Domont serão os homens com que Bardet contará para as etapas
de montanha. Vuillermoz ganhou em 2015 no mesmo local onde a etapa 6 terminará:
Mur de Bretagne.
Silvan Dillier e Oliver Naesen
são os homens para ajudar Romain Bardet no terreno mais plano e sobretudo na
etapa com final em Roubaix onde o suíço terminou na segunda posição no passado
mês de abril.
Tony Gallopin provavelmente terá
via verde para alcançar vitórias onde as dificuldades de terreno se farão
sentir e onde as fugas possam vingar.
Astana Pro Team
A equipa cazaque tem sido uma das grandes
dominadoras da temporada. Ao todo conta com 16 vitórias. Aparece no Tour de
France sem um grande nome para a geral individual. Ainda assim a liderança da
Astana deverá recair em Jakob Fulglsang que o melhor que conseguiu foi um
7º lugar no ano de 2013. Para o ajudar na montanha terá o jovem
Jasper Hansen, Tanel Kangert, Omar Fraile e o experiente Luis Leon Sanchez.
Fraile, Sanchez e Michael Valgren não irão
desperdiçar a oportunidade de vencer etapas. No conjunto, estes 3 homens da
Astana contam com 6 vitórias, todas elas isoladas.
Magnus Cort Nielsen é o homem escolhido quando
as etapas terminarem ao sprint.
Uma curiosidade! Na equipa cazaque, 4
elementos, metade da formação para o Tour de France, são dinamarqueses. Todos
os homens nascidos na Dinamarca foram selecionados pelo diretor desportivo
Dmitriy Fofonov.
Bahrain-Merida
A equipa com origem no médio oriente tem no
tubarão de Messina a sua principal figura. Vincenzo Nibali , já vencedor das 3
grandes voltas, tentará o seu segundo Tour de France. A época do italiano, com
a exceção da brilhante vitória na Milano-SanRemo (ver aqui), não tem grandes
momentos a assinalar, mas Nibali consegue sempre surpreender. Será que irá
aproveitar a etapa de pavê para ganhar tempo aos seus adversários, tal como o
fez em 2014? Para o ajudar nessa tarefa, Nibali terá o apoio de Sonny Colbrelli
e Henrich Haussler. Para a montanha a seleção é grande e forte: Domenico
Pozzovivo, os irmãos Gorka e Ion Izagirre e ainda o experiente Franco
Pellizotti que irá realizar a sua 18ª grande volta.
BMC Racing Team
A principal arma da equipa americana é mesmo o
coletivo. A BMC é a principal favorita à vitória no contrarrelógio por equipas
que se realiza logo ao terceiro dia de competição. Nessa etapa, Richie Porte, o
seu líder poderá ganhar segundos importantes aos seus rivais na luta pela
classificação geral individual. O australiano vem de uma vitória no Tour de
Suisse e luta por um lugar no pódio em Paris. Lugar esse que nunca conseguiu
alcançar. O melhor que Porte alcançou no Tour de France foi um 5º lugar em 2016
no seu primeiro ano como líder na prova francesa. Em 2017 desistiu após
aparatosa queda! Em 2018 terá argumentos para ser um dos primeiros quando a
prova terminar em Paris?
Na montanha terá a ajuda de Tejay Van Garderen
e Damiano Caruso. A rolar Porte contará com Simon Gerrans, Michael Schar,
Stefan Kung e Patrick Bevin.
Na etapa de Roubaix o campeão olímpico Greg
Avermaet será o líder da equipa e um dos candidatos à vitória.
Bora – Hansgrohe
A Bora-Hansgrohe não traz ninguém para lutar
pela camisola amarela, mas tem 2 nomes favoritos na disputa pela camisola verde,
a dos pontos e pela camisola às bolinhas vermelhas, melhor trepador.
Peter Sagan é o líder e depois da polémica
expulsão do ano passado tentará tudo para alcançar a marca de 6 camisolas verdes
igualando o recordista Erik Zabel. Chega
ao Tour de France com 6000 km em competição e com o ambicionado paralelo do
“Inferno do Norte”. O eslovaco é o principal candidato à vitoria da etapa 9 em
Roubaix e nas chegadas ao sprint dará muito luta aos homens mais rápidos do
pelotão. Para o pavê e etapas sem grandes dificuldades os homens serão Daniel
Oss, Lukas Postelberger, Maciej Bodnar e Marcus Burghardt: uma super equipa.
Para os pontos acumulados na montanha o homem
é o polaco Rafal Majka que já venceu a camisola por duas ocasiões: 2014 e 2016.
Majka já venceu por 3 ocasiões no Tour de France e se uma fuga chegar em alta
montanha é bem provável que esteja na luta pela etapa.
Gregor Muhlberger que se estreia no Tour e
Pawel Poljanski serão os outros homens para a montanha.
Cofidis – Solutions Crédits
Os franceses não são equipa WorldTour e por
isso necessitaram de um wildcard para participar no Tour de France. Tem sido
assim nos últimos anos. Mas se o momento deveria ser de celebração por mais uma
participação na maior prova de ciclismo do mundo isso não parece estar a
acontecer. O clima na equipa comandada por Cedric Vasseur é de cortar à faca!
Tudo por causa de sprinters. De um lado Nacer Bouhanni, do outro Christophe
Laporte. E o duelo aconteceu na estrada e em competição. Na primeira etapa da Route
d’Occitanie ambos disputaram a vitória sendo que Laporte foi o mais rápido
conquistando o seu 6 triunfo na presente época. Bouhanni não gostou e este
episodio deverá marcar o seu destino numa equipa longe da Cofidis. Para já
Vasseur deu um sinal muito forte: a escolha recaiu em Christophe Laporte que será
acompanhado por Dimitri Claeys, Jesus Herrada, Cyril Lemoine e Anthony Perez.
Não há ninguém para a geral individual e por
isso os restantes elementos tem como objetivo “caçar etapas”. Vamos ver Nicolas
Edet e Julien Simon em fugas e Daniel Navarro a tentar ir para a frente em
etapas com montanas. Navarro pode ambicionar a camisola branca às bolinhas.
Team Dimension Data
Os sul africanos têm em Mark Cavendish a sua
grande aposta para ganhar etapas. O britânico não tem tido uma época fácil com
muitas quedas e este ano conta apenas com uma vitória. No entanto Cavendish
está entre os primeiros lugares quando a etapa terminar em pelotão e de forma
rápida. A sua equipa traz homens importantes e bons para fazer a aproximação á
meta: Edvald Boasson Hagen (que tem poderá estar na luta pelos sprints) , Mark
Renshaw ( eterno lançador de Cavendish ), van Rensburg ( campeão sul africano)
e Jay Thomson ( estreia no Tour) .
Para a montanha e caçar etapas a Team
Dimension Data aposta em: Serge Pauwels , que já alcançou um 13º lugar em 2015,
e poderá por ventura estar na luta pela classificação da montanha, o holandês Tom-Jelte Slagter e Julien Vermote.
Direct Energie
Outra equipa francesa a receber o wildcard e
com o grande objetivo de lutar por etapas. Tem homens para isso. Há que
destacar Lilian Calmejane vencedor
da etapa 8 na edição de 2017. O francês já tem 2 vitorias este ano e pode ser
uma boa aposta para fugir ao pelotão em etapas de dificuldade elevada, tentar
pontuar para a camisola às bolinhas, mas também para repetir o êxito do ano
passado. Romain Sicard, Rein Taaramae e Fabien Grellier são outros elementos
com caraterísticas idênticas, mas talvez com menos qualidade.
Para terreno plano a formação aos comandos de
Jean-René Bernaudeau apresenta Jerome Cousin, Damien Gaudin e o sprinter Thomas
Boudat.
O veterano Sylvain Chavanel, que fará o seu
18º Tour e conta com 3 vitórias, é o homem para as etapas mais acidentadas da
primeira semana de competição
EF Education First-Drapac
Escolha a pensar no líder: Rigoberto Uran.
O colombiano chega ao Tour de France com 2
vitórias em etapas (Colômbia Oro y Paz e Tour of Slovenia) e disposto a fazer
melhor que em 2017. Mas se Uran for melhor que em 2017 isso quererá dizer que
vence a competição, algo difícil de imaginar.
Para o proteger na montanha, Uran terá em Daniel
Martinez, Lawson Craddock, Simon Clarke e principalmente no francês Pierre
Roland as principais referências. Roland já ganhou 2 etapas no Tour e em 2012
terminou na 8ª posição e conforme estiver a corrida poderá ter liberdade para
caçar etapas.
Taylor Phinney e o estreante Thomas Scully são
roladores pelo que o seu papel será secundário. Sep Vanmarcke será sempre um
nome a ter em conta para a etapa do pavê , isto se não tiver nenhum
azar….claro!
Team Fortuneo – Samsic
Uma das grandes figuras do Tour de 2017
precisou de um wildcard para participar na edição 105. Falamos de Warren
Barguill. Vencedor da camisola de melhor trepador, 10º da geral individual, mas
foi sobretudo pelas suas exibições nas duas etapas que venceu em 2017 que será
recordado. Barguill mostrou ter muito “panache” e talento. Este ano e do que
fez até ao momento mais apagado, mas será provável ver Barguil a lutar por
etapas com chegadas em alto. Depois do Col Izoard ficava-lhe tão bem …por
exemplo, o Alpe d’ Huez.
O resto da equipa é composta sobretudo por “trepadores
“e “puncheurs”. A Fortuneo-Samsic deverá ser das equipas mais animadoras nas
etapas mais acidentadas: Maxime Bouet , Elie Gesbert, Romain Hardy, Kevin Ledanois,
Amael Moinard , Laurent Pichon e Florian Vachon.
Groupama – FDJ
Thibaut Pinot é a grande figura da formação francesa,
mas não estará presente no Tour de France. Abandonou o Giro de Itália na última
semana e não competiu mais. A liderança da Groupama -FDJ está assim entregue ao
sprinter Arnaud Demare. A composição da equipa assim confirma. Para ajudar o
francês a ganhar etapas ao sprint temos: Jacopo Guarnieri, Ramon Sinkeldam, Olivier
Le Gac e Tobias Ludvigsson. Um comboio interessante! Veremos como consegue Demare
lidar com tamanha aposta.
Sozinho para a montanha aparece o jovem David
Gaudu. Se há homem da Groupama-FDJ que poderá ter um lugar de destaque na geral
individual é Gaudu que também é um dos fortes candidatos à camisola branca da
juventude.
De resto veremos Arthur Vichot e Rudy Molard na
frente da corrida, em fugas, tentando o triunfo.
Team Katusha – Alpecin
Os russos liderados pelo português José
Azevedo apenas venceram 3 etapas até ao momento. O ano não tem sido famoso, mas
se conseguirem 2 ou 3 vitorias no Tour de France a época está minimamente
conseguida. Quem o poderá fazer? Marcel Kittel e Ilnur Zakarin! Mais o alemão
que o russo, é certo.
Das 3 vitorias da época, 2 foram conseguidas
por Kittel no Tirreno Adriático, só que nas suas últimas aparições foi completamente
dominado pelos seus adversários diretos. Para formar o comboio teremos Rick
Zabel, o alemão Nills Politt e Pavel Kochetkov.
O russo Ilnur Zakarin chega à Grande Boucle
sem resultados de relevo. Nas provas onde competiu não mostrou capacidade para
seguir na frente com os melhores. Zakarin participa no Tour apenas pela segunda
vez e o seu grande objetivo será um top 5. Traz para o ajudar nas etapas
montanhosas o americano Ian Boswell e o croata Robert Kiserlovski .
Tony Martin vai ter liberdade para tudo:
tentar ganhar o CRIndividual, ataques a 3 ou 4 km da meta ou fugas mais longas.
Também deve ter a “liberdade” de ajudar tanto Kittel como Zakarin.
Lotto - Soudal
Os belgas da Lotto-Soudal não tem propriamente
um líder. Tem uma equipa preparada para tentar a vitória em quase todo o tipo
de etapa. Desde logo André Greipel que começou a época a ganhar na Austrália,
mas dai para a frente não conseguiu mais ser o primeiro a cortar a linha da
meta. Terá o apoio de Jasper de Buyst e Marcel Sieberg. O sprinter alemão conta
com 11 vitórias na prova francesa, mas desde 2016 não sabe o que é ganhar.
Depois temos uma série de ciclistas de
caraterísticas “puncheur”. De destacar Tiesj Benoot que ganhou de forma
espetacular a Strade Bianche, Jelle Venendert que já sabe o que é ganhar no
Tour de France e Tomasz Marczynski que no ano passado brilhou na Vuelta a
Espanha.
Numa equipa talhada para o ataque falta mencionar
o campeão das fugas: Thomas de Gendt . Quando ganha já sabemos como é! É
sozinho e bonito.
Team Lotto NL - Jumbo
A equipa holandesa leva ao Tour uma formação
bastante equilibrada e com boas hipóteses de conquistar etapas. Para as
chegadas em sprint trazem Dylan Groenewegen. O holandês tem sido um dos grandes
finalizadores da temporada 2018, conta com 5 vitórias e já sabe o que é ganhar
no Tour de France, fê-lo em 2017 à frente de homens como Greipel e Bouhanni.
Para formar o comboio a Team Lotto-Jumbo conta com Amund Grondhal Jansen que
faz aqui a sua estreia na prova, Timo Roosen e o experiente Paul Martens.
No que diz respeito à geral individual as
opções serão duas: Primoz Roglic que está a fazer uma época no mínimo brilhante
e também Steven Kruijswijk que de brilhante não tem nada a assinalar até ao
momento. Mas o Tour é uma prova especial e o holandês pode tornar-se uma das
peças chave para o sucesso da Team Lotto-Jumbo.
Robert Gesink , 5º em 2010 , parece não ter o
fulgor de outros tempos mas é sempre um homem a considerar para entrar em fugas
nas etapas de alta montanha e quiçá ambicionar a camisola às bolinhas
vermelhas.
O jovem Antwan Tolhoek é a surpresa da lista
de nomes escolhidos por Nico Verhoeven. Talento não lhe falta e pode
surpreender a luta pela camisola de melhor jovem.
Mitchelton-Scott
A formação da equipa australiana para a edição
105 do Tour de France é no mínimo estranha. Quando tudo levava a crer que Caleb
Ewan faria a sua estreia na principal prova ciclística, foi com espanto de todos,
incluindo do próprio, que o seu nome não fazia parte dos 8 elementos
escolhidos. Ewan, apesar da sua juventude, já mostrou que luta de igual para
igual com os melhores sprinters do mundo e tinha fortes probabilidades de fazer
bons resultados nas etapas discutidas a grande velocidade.
Sendo assim não se percebe porque é que a
Mitchelton-Scott leva 5 roladores para o Tour de France: Jack Bauer, Luke Durbridge
, Mathew Hayman, Michael Hepburn e Damien Howson. Sendo que o líder da equipa
será Adam Yates. Yates procura no Tour aquilo que o irmão conseguiu fazer, em
certa parte, no Giro de Itália. O britânico que já alcançou um 4º lugar em 2016
terá o apoio apenas do experiente Mikel Nieve. É muito pouco.
São difíceis de entender estas opções da equipa
australiana.
Movistar Team
Se há equipa onde a formação para o Tour de
France foi falado por meio mundo ciclístico, foi a espanhola Movistar Team. A
grande pergunta é: quem é o líder? Provavelmente nem o Eusébio Unzue sabe
responder à questão. Uma equipa que se apresenta com Alejandro Valverde que é
como o vinho do porto, quanto mais velho, melhor e já leva 9 vitorias na
presente temporada. Depois a normal aposta da equipa espanhola nas últimas
edições do Tour de France, o colombiano Nairo Quintana. Quintana procura a
camisola amarela final quando já terminou a prova por duas vezes na 2ª posição:
2013 e 2015. Por fim Mikel Landa que se transferiu da Team Sky para a Movistar
Team à procura de espaço e liberdade para ser líder e ambicionar à vitória numa
grande volta. São 3 galos para um só poleiro. Que compatibilidade terão os 3
ciclistas quando de forma natural um deles estiver melhor? Será que vamos ver
Valverde e Landa a trabalhar para Quintana na 3ª semana? Ou o colombiano ajudará
o espanhol Landa na concretização do objetivo de chegar a pódio no Tour de
France?
Para ajudar “à festa” temos ainda Andrey
Amador e Marc Soler. Os dois estão aparentemente presentes para ajudar os 3 líderes,
mas também têm as suas legitimas aspirações. Andrey Amador já foi segundo no
Giro de Itália, mas pode tentar no Tour de France uma vitoria inédita em etapa,
coisa que ainda não conseguiu nas suas 3 participações. Marc Soler foi vencedor
da última edição do Paris -Nice e um forte candidato à camisola de melhor jovem
ou até de melhor trepador.
Numa equipa com tantas soluções para a
montanha e para o terreno acidentado alguém tem de por ordem no pelotão e
controlar as fugas caso a liderança da prova esteja com a equipa de Unzue. Esse
trabalho caberá a Daniele Bennati, Imanol Ervitti e José Joaquim Rojas.
Será Eusébio Unzue capaz de gerir tanta qualidade
tanta ambição durante as 3 semanas de competição? Veremos! Matéria prima da boa,
há e muita!
Quick-Step Floors
A equipa de Patrick Lefévere e Davide Bramati
tem dominado por completo a temporada. Ao todo já são 42 vitórias! E tanta
vitória é sinonimo de qualidade. E é essa a principal característica da
formação belga que se apresenta no Tour de France. Um misto de juventude com experiência
com muitas soluções para aumentar senda vitoriosa.
Destaque para o super colombiano Fernando
Gaviria que se estreia no Tour de France. Gaviria é um dos sprinters do momento
e leva 7 vitórias este ano. Tem em Maximiliano Richeze o seu lançador de
eleição que o deixará nas primeiras posições nos últimos 300 metros. Se tudo
correr bem Gaviria irá vencer no Tour e quiçá lutar até pela camisola verde dos
pontos.
Philippe Gilbert, Nick Terpstra e o atual
campeão belga Yves Lampaert serão os nomes a ter em conta na etapa de Roubaix .
Todos eles já sabem o que é ganhar em cima de pavê e espera-se uma grande
ofensiva da equipa Quick-Step Floors durante a etapa 9.
Julian Alaphilippe e Tim Declercq são os
“puncheur “de serviço. O francês tem na primeira semana de competição uma serie
de etapas que lhe assentam muito bem. O Mur de Bretagne tem a cara de
Alaphilippe.
Com tantos nomes apontados para vencer etapas
alguém tem de lutar por um lugar na classificação geral individual. Bob Jungels,
campeão luxemburguês, é o escolhido. Não será fácil. Jungels não tem grande
apoio nas etapas de montanha e a concorrência é muito elevada.
Uma grande equipa, grandes nomes e muito
provavelmente mais vitórias para a Quick-Step Floors.
Team Sky
Neste momento Christopher Froome faz parte dos
8 elementos da equipa britânica Team Sky que irá atacar o Tour de France.
Depois de ilibado e o caso em que era arguido relativamente ao uso excessivo de
salbutamol ter sido arquivado nada pode impedir Chris Froome de começar a prova
com um único objetivo: alcançar a sua 5ª vitoria e juntar-se ao grupo dos
imortais: Anquectil , Merckx, Hinault e Indurain. A intenção por parte da
organização de impedir que o britânico participe no Tour por denegrir a imagem
da competição tem neste momento um grande senão: Froome, perante a justiça
desportivo, foi considerado inocente. Assim sendo será o líder da Team Sky.
A Team Sky apresenta uma equipa muito forte.
Froome e apesar do desgaste do Giro de Italia é o grande favorito à vitoria
final e tem em Geraint Thomas e Wout Poels os seus melhores escudeiros. Mas não
é só. Também Michal Kwiatkowski é no Tour um gregário de luxo para ajudar o
britânico. E não paramos por aqui, porque se falarmos em homens para a etapa a
Team Sky ainda nos brinda com o jovem colombiano Egan Bernal. Bernal faz aqui a
sua estreia numa grande volta. Habituem-se porque Bernal é o futuro do
ciclismo. Temos de colocar no lote de ciclistas capaz de ganhar etapas, lutar
por um dos primeiros lugares e naturalmente vencer a camisola branca da
juventude.
E as “estrelas “acabam por aqui ? Não. Gianni
Moscon , cada vez melhor em terreno acidentado e etapas rompe pernas , o
contrarrelogistas espanhol Jonathan Castroviejo e o rolador Luke Rowe que pode
ser a surpresa da equipa britânica para a etapa de Roubaix.
Ufa! Já acabamos. A Team Sky é o alvo a
abater.
Team Sunweb
Os alemães da Team Sunweb protagonizaram um
Tour 2017 de sonho. 4 etapas e as camisolas verdes e às bolinhas vermelhas. A
fasquia é alta para 2018 e melhor só mesmo a camisola amarela.
Tom Dumoulin é o líder incontestável. Dumoulin
entra no Tour como candidato à vitoria final. Tem, no entanto, uma perda de
última hora. Wilco Kelderman seria o seu braço direito nas etapas de montanha.
Caiu no campeonato holandês e falha o seu 3 Tour de France. A ajuda a Dumoulin
fica assim entregue a Simon Geschke e principalmente ao experiente Laurens Ten
Dam.
Se temos Dumoulin para a amarela, temos
Michael Matthews a tentar repetir a vitória na camisola por pontos apoiado por
Soren Kragh Andersen, Chad Haga e Edward Theuns.
É difícil repetir o êxito de 2017. Melhor só
mesmo a vitória final de Tom Dumoulin. O holandês é um dos candidatos à vitoria
final enquanto Matthews irá tentar repetir a vitoria da camisola verde.
Trek-Segrafredo
Os americanos da Trek-Segafredo tem em Bauke
Mollema a maior esperança a conseguir um bom lugar na geral individual. O holandês
que já fez 6º lugar em 2013 tem a ajuda de Julien Bernard, estreante no Tour de
France , e Koen de Kort.
Outro elemento de destaque é naturalmente John
Degenkolb. O alemão parece não ter o mesmo fulgor e capacidade física de outras
épocas, nunca ganhou no Tour de France, mas já sabe o que é erguer os braços no
velódromo de Roubaix.
Jasper Stuyven tem nas etapas da primeira
semana boas oportunidades para tentar a sorte. O belga é perito em etapas
acidentadas e gosta de ataca-las. A concorrência é elevada, mas neste tipo de
etapas Stuyven é dos melhores.
De resto teremos uma equipa sem grandes nomes
que tentarão ir para a fuga do dia: Michael Gogl , Tsgabu Grmay e Toms Skunjins.
UAE-Team Emirates
A UAE-Team Emirates tem em Alexander Kristoff
e Daniel Martin as suas grandes figuras para o Tour de France. Sendo que a
aposta é maior no sprint norueguês uma vez que a equipa dos emirados arabes
unidos traz o sprinter Roberto Ferrari e
os roladores Marco Marcato ,Rory Sutherland e Oliviero Troia que se estreiam no
Tour de France. Das 7 vitórias em 2018, 4 são de Kristoff que não ganha em
França desde 2014. Chega à prova francesa com a 8000km de competição! Será capaz
de fazer frente à elite mundial de sprinters?
Para a geral individual temos Daniel Martin.
Se conseguir o mesmo lugar que em 2017 o objetivo do irlandês está alcançado.
Martin foi 6º lugar em 2017. Não terá grande ajuda na montanha uma vez que
Darwin Atapuma e Kristijan Durasek irão andar em fugas na tentativa de ganhar
etapas. O colombiano Atapuma tentará em
2018 acabar com o enguiço dos 2º lugares em etapas em grandes voltas.
Wanty- Groupe Gobert
A equipa belga foi das que recebeu o wildcard
para participar no Tour de France. Traz uma equipa disposta a dar nas vistas e
isso significa atacar e entrar em fugas. Guillaume Martin é um jovem talentoso
com alguns resultados de destaque. Este ano conta com 2 vitorias e o ano
passado um honroso 23º lugar na prova francesa. Guillaume Martin andará nas
fugas em dias de montanha.
Quem anda muitas vezes nas fugas são: Guillame
van Keirskulck, Yoann Offredo e Thomas Degand. É provável ve-los escapados
desde os primeiros km da etapa.
Timothy Dupont é o sprinter da equipa. Um
pódio numa etapa será uma grande conquista.
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Startlist: aqui
Percurso: aqui
Transmissão TV : Eurosport 1 e
RTP
Hastag: #TDF #TDF2018 #TDF18
Boas pedaladas
AT
Nota: ao longo da competição
iremos publicar algumas crónicas aqui no Blog: as já nossas famosas “estórias
de ciclismo” e “subidas com estória.
É provável uns vídeos ao vivo e a cores da Grande
Boucle.
Veremos!
Vamos la ver.
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